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Currículo

Iniciativa precisa ser espontânea

Apesar dos diversos benefícios que o trabalho voluntário pode trazer, a participação em projetos desse tipo esperando recompensas costuma não ser bem sucedida, explicam especialistas. A iniciativa deve ser espontânea e partir do próprio trabalhador, pois é uma questão de perfil profissional.

"Existem pessoas que jamais vão conseguir fazer esse tipo de trabalho e outras que têm esse perfil mais altruísta. Não há nenhum problema com nenhum deles. O que não vale é mentir. Deve haver aí um desejo autêntico de ajudar pessoas", explica a diretora do Grupo Foco, Fabiana Morgado Gabrilli.

Para Ligia Coelho Martins, coordenadora do núcleo de responsabilidade e sustentabilidade do Isae/FGV, atuar como voluntário só pelo currículo "não vale". Mas não há nada de errado em experimentar, para ter certeza se é ou não o tipo de atividade que se encaixa em seu perfil. "Algumas pessoas se envolvem por marketing pessoal e outros motivos, mas acabam gostando da causa e ficando", diz.

A vontade sincera de colaborar foi o que que moveu o advogado Célio Pereira Oliveira Neto, 37, para o trabalho voluntário. Especialista em direito trabalhista, ele fez uma consultoria preventiva para o Projeto PVC, desenvolvido pelo Isae/FGV, e que propõe a fabricação com materiais de baixo custo – como canos de PVC – de mobiliário adaptado a crianças que sofrem de alguma disfunção neuromotora. "Sempre quis ajudar, mas nunca achei nada na minha especialidade. Essa foi uma oportunidade de fazer algo de bom. Uma cadeira de rodas feita nos moldes do projeto sai por um custo muitas vezes menor do que o comercial", explica. (LCJ)

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