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A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) firmou parceria com duas universidades internacionais objetivando o intercâmbio de alunos, professores e grupos de estudo de pós-gradação.

O primeiro acordo foi firmado com a Universidade e Centro de Pesquisa de Wageningen. Esse acordo de cooperação internacional dá impulso à pesquisa agropecuária nacional. A instituição pública ligada ao Ministério da Agricultura da Holanda é referência na pesquisa agropecuária, principalmente no desenvolvimento tecnológico de alimentos.

O acordo, segundo o presidente da Capes, Jorge Guimarães, "significa um reforço para o desenvolvimento das ciências agrárias no Brasil. O país tem um sucesso grande nessa área, mas é preciso manter a comunidade científica próxima dos avanços tecnológicos. A prioridade será para o doutorado-sanduíche (quando a pessoa realiza parte do curso no Brasil e outra no exterior)", explicou.

O edital para seleção de grupos de pesquisa e estudantes será lançado no segundo semestre. O foco do programa serão as ciências agrícolas, de alimentos, botânica, zoologia, ambientais, biotecnologia, econômicas e sociais.

CanadáO acordo fechado entre a Capes/MEC e a Universidade de Montreal, no Canadá, vai conceder bolsas de estudo a, pelo menos, 12 estudantes de doutorado, por ano, até 2008, para que possam se especializar naquele país em áreas como ciências humanas, naturais e da saúde.

A prioridade na concessão de bolsas será dada ao estudante do "doutorado sanduíche", uma modalidade mais curta que representa custo menor e maior eficiência. No entanto, também inclui doutorados plenos e intercâmbios de pesquisadores.

UFPRA Universidade Federal do Paraná (UFPR) conta, segundo a coordenadora de Relações Institucionais da instituição, Ana Lúcia Jansen de Mello de Santana, com 76 convênios nacionais, divididos entre stricto e lato sensu e mais de 30 internacionais em países como Espanha, França, Portugual, Alemanha, Chile, Cuba, Uruguai, Estados Unidos, Paraguai, Japão, Canadá, entre outros.

Conforme informou o pró-reitor de pós-graduação da UFPR, Nivaldo Rizzi, a procura dos alunos para esses programas é grande, mas a limitação do idioma, em países onde não é falada a língua inglesa, por muitas vezes impede o intercâmbio.

Para Rizzi o doutorado-sanduíche, prioridade nos dois acordos recém realizados, interessa à universidade, "pois exige contato direto entre os professores daqui [UFPR] e do exterior. Essa conversa pode gerar novos projetos e linhas de pesquisa", afirma. O revés "é a redução do tempo de permanência no exterior, o que prejudica projetos com mais de um ano de duração", explica o pró-reitor.

Para o Governo a questão é importante, pois reduz os custos. "Formamos doutores com menos recurso", finaliza Rizzi.

UEMSegundo Osvaldo Hidalgo da Silva, assessor de cooperação internacional da Universidade Estadual de Maringá (UEM), a instituição conta com 23 convênios assinados e 26 em negociação (sendo renovados ou em espera de acordo).

Para o coordenador de Pós-Graduação em Agronomia (PGA) da universidade, Antônio Carlos Andrade Gonçalves, os convênios firmados pela Capes são extremamente benéficos. "Hoje a PGA tem conceito 5, o que nos torna reconhecidos nacionalmente. Com essa possibilidade de inserção internacional, através do intercâmbio entre alunos, professores e grupos de pesquisa, estaríamos dando um importante passo para conquistar o conceito 6 e o reconhecimento internacional do curso", afirma.

Hoje, segundo o coordenador, menos de 10 instituições no país têm cursos com conceito 6. Além do reconhecimento, o aumento na avaliação do curso representa mais investimento. "Com conceito 5 recebemos investimento do Governo Federal na ordem de R$ 900,00 mil e cerca de 50 bolsas de pós. Com o conceito, acredito que dobraríamos esses valores", contabiliza Antônio Carlos.

Além dos benefícios para o curso e para a instituição, os estudantes serão os mais contemplados com os convênios. "É uma formação ímpar que o aluno adquire, porque o ensino é de extrema qualidade. Com o sucesso desse intercâmbio entre as universidades internacionais e os estudantes da PGA, sem dúvidas, alunos de outros estados e até estrangeiros teriam a UEM como referência", conclui o coordenador.

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