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O designer Wilian Soares divide o tempo entre o emprego formal, freelas e projetos pesssoais, como a mesa recreacional acima | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
O designer Wilian Soares divide o tempo entre o emprego formal, freelas e projetos pesssoais, como a mesa recreacional acima| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

Visibilidade e relacionamentos para cair nas graças do mercado

Além da visibilidade e do networking, a possibilidade de desenvolver projetos de alto nível tecnológico e "engordar" o portfólio é uma das vantagens de manter um perfil nos sites com trabalhos exclusivos para freelancers, afirma o designer de produto Wilian Soares. Apaixonado pela profissão, hoje ele divide o seu tempo entre o trabalho fixo na empresa de cosméticos Racco, bicos como freela e projetos pessoais, como uma mesa recreacional para crianças, que deve chegar ao mercado no meio deste ano.

Usuário do Odesk desde 2007, ele conta que é possível fechar um trabalho fixo ou por horas. "Quando o job é por horas, existe um software que monitora a quantidade de cliques que você dá na tela e mede a sua produtividade".

A única vez que teve problemas foi quando fechou um trabalho com um cliente por fora, contrariando as recomendações do Odesk. "Fiz um projeto de anéis de titânio que foi lançado no mercado, mas não recebi do cliente", conta Soares, que tem 25% da sua renda proveniente dos freelas que faz. Quando o negócio é fechado pelo site, o contratante só tem acesso ao projeto final quando efetuar o pagamento completo.

Interatividade

Você trabalha como freelancer? Já conseguiu trabalho por meio de algum site especializado em projetos para "freelas"?

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Quando terminou a faculdade, em 2007, o designer de produto Wilian Soares não tinha nenhum contato no mercado, mas precisava ganhar dinheiro. Sem experiência, seus primeiros trabalhos como freelancer vieram por meio do Centro de Design Paraná e do Odesk, uma plataforma norte-americana que conecta clientes em busca de profissionais à procura de trabalho. Depois de fechar trabalhos nos Estados Unidos e na Inglaterra, fazer reuniões com clientes de madrugada por causa do fuso horário e receber em dólar e libra esterlina, Wilian recomenda a experiência, sobretudo para quem está começando a vida de freela.

Além do Odesk, centenas de outros sites prestam esse tipo de serviço no mundo, alguns deles com foco específico em determinado segmento, como o ITJobs, destinado a clientes e profissionais de tecnologia de informação (TI). De forma geral, desde que haja demanda, não há limitações para projetos freelance, que podem ser de fotografia, design, tradução, jornalismo, publicidade, marketing, arquitetura, moda, ilustração etc.

Com exceção de alguns sites nacionais, como o Freela.com, muitas plataformas que atendem ao mercado brasileiro são startups de outros países que viram no Brasil um mercado com bastante potencial, entre elas a argentina Workana, que lançou recentemente uma versão em português para atender profissionais brasileiros. Em novembro de 2012 também chegou ao país a startup australiana Freelancer.com, que tem quatro milhões de projetos e seis milhões de profissionais cadastrados. No Brasil, em menos de três meses já são 20 mil usuários.

Segundo o diretor-regional para a América Latina da Freelancer.com, Sebastian Siseles, no Brasil existem excelentes profissionais de tecnologia – desde projetos gráficos e logotipos até desenvolvimento de sites – que vêm para suprir a alta demanda nesse segmento. "Estamos com expectativas otimistas com o mercado brasileiro. Até o final de 2013, a meta é chegar a cerca de 100 mil usuários", projeta Siseles.

Como funciona?

Os freelancers fazem um cadastro no site onde podem detalhar seu perfil e habilidades profissionais, ofertando seus serviços. Geralmente é possível cadastrar um portfólio que serve de vitrine para os clientes interessados. Por outro lado, os empregadores precisam expor seus projetos e elencar as competências que estão buscando para a realização do mesmo. Ambas as partes podem demonstrar interesse e iniciar uma negociação por meio do site. Cada projeto tem um prazo para ser concluído.

Em geral, não há custo para fazer o cadastro e a publicação dos projetos na plataforma. O site recebe uma porcentagem quando um negócio é finalizado. "Na Freelancer.com, quando um trabalho é fechado com sucesso é cobrado da empresa ou contratante um valor que pode chegar a 3% e do freelancer de 3% a 10%", detalha Siseles.

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