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| Foto: ANTONIO COSTA/ANTONIO COSTA

Palestras on-line, videoselfies e entrevistas virtuais. Em 2016, a tecnologia e a inovação marcaram presença nas seleções de trainees e estagiários das principais companhias do mundo. Segundo Manoela Costa, gerente executiva da Page Talent, que é especializada no recrutamento de novos talentos, essa tendência segue forte em 2017.

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Ainda de acordo com a especialista, os setores que mais deverão abrir programas de formação no ano que vem são os de suprimentos, compras e a área comercial. E, embora muitos programas tenham sido fechados em 2016, há previsão de uma gradual retomada do cenário a partir do próximo ano, com vagas também para efetivos.

Em entrevista à Gazeta do Povo, Manoela apresenta as principais tendências nas seleções de talentos para este ano e revela o que o mercado reserva aos jovens que querem começar a carreira em uma grande organização.

Quais áreas mais deverão recrutar estagiários e trainees em 2017?

A crise econômica tem feito aumentar a procura por profissionais dos setores de suprimentos e compras e da área comercial. São âmbitos estratégicos para as empresas em um período crítico como o que vivemos. E não apenas estagiários e trainees serão demandados nesta fase. A previsão é de que haja muitas vagas para cargos efetivos também.

E o que as companhias mais buscarão nos candidatos?

O que percebemos é que as empresas têm cada vez focado mais nos aspectos comportamentais dos jovens do que nas competências técnicas. Resiliência e proatividade são pontos muito relevantes na visão das companhias.

Haverá redução do número de programas de trainees ofertados, por conta da atual crise econômica?

Em 2016, muitos programas fecharam e, sim, houve uma considerável queda na oferta de oportunidades. Mas, para 2017, a previsão é que haja um aumento de vagas para trainees e estagiários. A crise tem feito com que as empresas se preocupem mais com os gargalos de liderança no médio e longo prazo e, como este tipo de seleção está focado no pipeline de sucessão, a tendência é que as companhias se atentem mais a este ponto. Há programas fechados, por exemplo, que agora já serão reabertos.

É possível dizer que, por conta da crise, o recrutamento de estagiários aumentou em 2016, enquanto a oferta de vagas efetivas caiu? Como deverá ser esse movimento em 2017?

Como a contratação de estagiários geralmente envolve custos menores do que outros recrutamentos, o mercado de estágio foi realmente menos afetado pelo atual cenário econômico. E deverá permanecer assim em 2017.

Em 2016, a tecnologia e a inovação foram grandes aliadas das companhias no processo seletivo de trainees e estagiários. Que novidades marcarão as seleções deste ano?

Quando a gente fala de programas de formação de jovens talentos não há como deixar de inovar. Para chamar a atenção desses candidatos em 2016, as empresas abriram espaço para videoselfies, palestras on-line, criação de jogos e vários outros recursos. Como tudo tem mudado muito rápido, talvez eu diga algo agora que na temporada de recrutamento de trainees do ano que vem já esteja ultrapassado. Mas as empresas tenderão a seguir nesta linha de alinhar estas seleções a tudo o que há de mais moderno para atrair esse público conectado.

A criação de programas de formação para profissionais veteranos tem aumentado consideravelmente nos últimos tempos. Essa tendência segue em 2017?

Sim. A maioria dos programas de trainees tradicionais é voltada para quem tem até dois anos de formação. Mas, algumas empresas têm notado que, para determinadas áreas, os candidatos com mais tempo de mercado podem ser muito importantes. É por isso que tem crescido bastante a procura por talentos de nível sênior.

Muitos alunos recém-formados optam por buscar cargos efetivos em grandes empresas em vez de se candidatarem a programas de formação para jovens, como um estágio ou trainee. Qual é o melhor caminho para quem quer conseguir o emprego dos sonhos?

Os perfis do trainee e do efetivo são bem diferentes. O profissional que quer começar a carreira com foco mais generalista, conhecer um pouco de tudo, é o que geralmente se dá melhor em um programa de trainee. Jovens mais especialistas, de viés mais técnico tendem a se dar melhor em cargos efetivos. Para decidir para que lado quer ir, o candidato precisa olhar para si e se conhecer bastante.

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