O fornecimento de óleo diesel aos postos de combustível em Curitiba permanece precário e abaixo do necessário, mas ainda não há falta do produto nas bombas dos estabelecimentos da capital nesta segunda-feira (20). Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis (Sindicombustíveis), o fornecimento do produto pelas distribuidoras é de apenas 70% do necessário para manter o abastecimento na capital.
Mesmo assim, o índice é melhor do que o registrado na semana passada. Desde a quinta-feira (16), a quantidade de diesel nos postos da capital está em um estado considerado crítico pelo sindicato. Até o último final de semana, o fornecimento pelas distribuidoras, segundo o Sindicombustíveis, era de apenas 30% do necessário. "Normalmente os postos trabalham com estoques para três dias. Se ficasse sem abastecimento, eles secariam", diz o presidente do Sindicombustíveis, Roberto Fregonese.
Mesmo com o abastecimento feito nesta segunda-feira, ainda há déficit do produto e, de acordo com Fregonese, seria necessário pelo menos quatro dias para que os postos possam recompor o produto nas bombas, caso o estoque voltasse ao normal.
Problema
O motivo apontado pelo sindicato dos revendedores do produto seria a falta de abastecimento por parte da Petrobrás, que fornece o produto para as distribuidoras. "A Petrobrás está silenciosa, não dá declaração sobre o assunto", afirma Fregonese.
Proprietário de um posto de combustíveis na Linha Verde, José Sprenger diz no último final de semana recebeu 50 mil litros do produto, de um total de 78 mil que havia encomendado. Ele, que trabalha com três tipos de diesel, teve falta de um deles no sábado para atender ao cliente. "Falta transparência. Até agora não sabemos o que está acontecendo, onde foi que começou o problema".
Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) informa que o desabastecimento de diesel deve ser normalizado a partir de quinta-feira (23). Segundo a entidade, os atrasos começaram com a necessidade de a Petrobrás complementar a quantidade do produto com transporte por via marítima. As distribuidoras precisaram, segundo o Sindicom, fazer um armazenamento alternativo do combustível em tanques em Paranaguá para receber o combustível entregue de navio.
Até a quinta-feira, segundo o sindicato das distribuidoras, os postos de combustíveis serão atendidos pelo produto trazido de Canoas, no Rio Grande do Sul, até Araucária, na região metropolitana de Curitiba, por via rodoviária.
Procurada, a Petrobrás não respondeu aos questionamentos da reportagem.



