Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Tributação

Preço da cerveja pode subir em média 0,4% com alta de impostos

Indústria diz que está “difícil” absorver a alta de impostos. Repasse ao consumidor dependerá da estratégia de cada cervejaria

Governo oficializou ontem o aumento de impostos sobre bebidas como cervejas e energéticos | Luciano Mendes/ Gazeta do Povo
Governo oficializou ontem o aumento de impostos sobre bebidas como cervejas e energéticos (Foto: Luciano Mendes/ Gazeta do Povo)

A alta dos impostos sobre a cerveja e outras bebidas frias, oficializada ontem, vai provocar um aumento médio de 0,4% no preço desses produtos ao consumidor, segundo estimativa do Ministério da Fazenda. Isotônicos, refrescos e energéticos – apenas os embalados em lata ou vidro – também serão reajustados.

O próximo reajuste está marcado para outubro, e dessa vez os refrigerantes vão entrar na lista. As alíquotas para água mineral continuarão zeradas. O que mudou hoje foi a base de cálculo dos tributos. O governo aumentou o porcentual do valor sobre o qual são calculados os impostos.

A cerveja teve a base de cálculo tributário ampliada de 38,3% do valor final do produto para 39,8%. É sobre essa fatia maior do valor da cerveja que vai incidir a cobrança dos impostos. Com a base de cálculo ampliada, será maior o recolhimento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Na estimativa do governo, o reajuste vai gerar receita adicional de R$ 200 milhões.

Segundo Dyogo Oliveira, secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, esse valor já estava na estimativa de arrecadação de receitas, pois o aumento estava programado desde 2013. O reajuste deveria ter acontecido em outubro, mas, a pedido do setor, que citou dificuldades e risco de demissões, o governo adiou a elevação da cobrança. Com sua atual dificuldade de caixa, agravada pelos gastos extras com o setor elétrico, o governo avaliou que era o momento para reajustar.

O diretor-executivo da CervBrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja), Paulo Petroni, diz que é cedo para saber qual será o tamanho do repasse, se houver. "Depende da estratégia de cada cervejaria e de cada produto", afirma.

A entidade diz que está "difícil" absorver a alta, dadas as fortes pressões de custo nos últimos dois anos e também a queda no consumo. Em 2013, o brasileiro consumiu em média uma lata a menos por mês de cerveja (queda de 2,6% na produção) ante 2012.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.