Atualizado em 25/04/2006 às 19h45
Ao participar de audiência pública no Senado para discutir a crise da Varig, o presidente da Infraero, José Carlos Pereira, afirmou que a dívida da companhia com as tarifas aeroportuárias subiu de R$ 325 mil em 2002 para R$ 515,1 mil neste ano e aumenta R$ 900 mil a cada dia. Ele disse que vai cobrar parte desse dívida assim que for publicada decisão da Justiça do Rio que determina à empresa recolher os pagamentos, pois a estatal poderá enfrentar problemas financeiros. Parte do dinheiro arrecadado é destinado ao Comando da Aeronáutica.
- Estamos preocupados com a situação da Varig, mas essa preocupação esbarra nos limites da lei. A Infraero está chegando à beira do abismo - disse o brigadeiro, acrescentando que acordão do Tribunal de Contas da União (TCU) é taxativo quanto à cobrança das dívidas das empresas aéreas.
Presente no encontro, o diretor-executivo de Produtos de Aviação da BR, Pedro Caldas Pereira, também foi irredutível no sentido de oferecer crédito à empresa para pagamento de combustível, que hoje é pago à vista. Segundo ele, um prazo de 60 dias, como quer a Varig, representa R$ 160 milhões ou 24,4% do lucro da estatal de R$ 650 milhões em 2005.
- É um grau de exposição ao risco extremamente elevado, sem garantias - disse o executivo.
Ele afirmou, ainda, que a medida poderá ser interpretada como gestão temerária pelo TCU e que 68% do capital da BR é privado. Do total da dívida da Varig com a Infraero, R$ 133 milhões se referem a compromissos correntes e, portanto, serão executados pela estatal. O restante foi parcelado dentro do plano de recuperação judicial, com prazo de carência.
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