O presidente do BNDES, Demian Fiocca, disse nesta quarta-feira que o fato de o banco estar disposto a financiar o vencedor do leilão da Varig em até dois terços do valor pago pela empresa, mostra que a instituição está empenhada na busca por uma solução para que a companhia saia da crise.
- O Banco estará contribuindo para maior competição no processo e maior chance de sucesso da operação - disse Fiocca. Ele também explicou que as três propostas apresentadas ao banco para empréstimo-ponte à Varig não atendiam às exigências mínimas. O BNDES ia financiar até dois terços do valor máximo do empréstimo-ponte, de US$ 250 milhões a investidores interessados.
Entre as propostas estava a do banco BRJ, no valor de US$ 167 milhões e do Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), de US$ 150 milhões.
- Não é que o BNDES tenha recuado ou deixado de querer apoiar. É porque as propostas não preenchiam as condições necessárias . Na verdade, não tinham, sequer, definidas as fontes dos recursos restantes (um terço)necessários para o empréstimo-ponte. Além disso, havia problemas de garantias - ressaltou Fiocca.
Ele também comentou que os gestores da Varig disseram a ele que os grupos mais fortes interessados na Varig já contam com bancos dispostos a dar apoio e, por isso, não vieram ao BNDES.
- Continuamos consistentes na linha de apoiar o que for possível. Mas sempre preservando a boa técnica e prudência bancária - acrescentou.
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