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Para o Brasil manter estável a relação entre PIB e gasto com a Previdência, o país precisa crescer entre 3,7% e 3,8% ao ano até 2040. A estimativa foi feita pelo economista Paulo Tafner, do Ipea. Nos últimos 30 anos, na média, o país cresceu 2,4% ao ano. De 1994 para cá, o crescimento foi de 3,9%. "Agora, esse é um cálculo que não leva em conta uma situação em que o país continue a dar ganho real para o aposentado. Se isso acontecer, essa projeção de crescimento necessária para manter a Previdência vai explodir", diz Tafner.

Nos últimos 15 anos, o número de aposentadorias acima de um salário mínimo aumentou cerca de 25%. O último reajuste, de 7,7% (que correspondente à inflação do ano passado mais 80% do crescimento do PIB), passou a vigorar na folha de pagamento dos aposentados neste mês. "Lá na frente, vamos ter uma pressão enorme de gastos com saúde de idosos. Isso vai exigir alguns pontos do PIB para não alterar a relação gasto/PIB. Com isso, diminui o espaço para a economia crescer, porque o investimento público vai cair", diz o economista.

Soluções

É possível fazer pequenos ajustes de modo a conter essa pressão pelo crescimento de despesas com a Previdência, segundo Tafner. "Esses ajustes envolvem mudanças na idade de aposentadoria – até porque a expectativa de vida aumentou muito, então é possível elevar um pouco essa idade", diz. Ele também defende o fim da pensão no valor integral para pessoas que tenham ou não filho menor. "Quase nenhum país ainda tem isso", afirma.

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