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Algodão Empresa de Castro tem boa perspectiva

A fabricante de máquinas agrícolas Watanabe, de Castro, na região dos Campos Gerais, está animada com a previsão de safra de algodão, e espera uma pequena recuperação neste ano. "Estamos produzindo com cautela, mas a expectativa é boa. Vamos confirmar no fim de março e começo de abril, quando começa a colheita do algodão", explica Helington Schneider, gerente de marketing e projetos da empresa, sem apresentar dados de produção. "Assim que colhe, o produtor precisa de uma destruidora de soqueira de algodão, que nós fabricamos." (MS)

A retomada do agronegócio e a previsão de safra recorde este ano animam os fabricantes de máquinas agrícolas do Paraná, que prevêem recuperação em relação aos fracos anos de 2005 e 2006. A Case New Holland (CNH), que tem uma unidade na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), estima um crescimento de 20% nas vendas neste ano e já contratou cerca de 120 funcionários para atender à demanda. A Montana, fabricante de pulverizadores e outros implementos, de São José dos Pinhais, espera faturar R$ 130 milhões em 2007, número 117% maior que os R$ 60 milhões do ano passado.

O quadro de pessoal da CNH passou de 1.136 empregados em 2006 para 1.260 em março deste ano, mês em que ocorreram 69 contratações. Em 2005, a empresa tinha 1.183 funcionários. De acordo com Francesco Pallaro, diretor comercial da companhia, a CNH pode absorver ainda mais mão-de-obra em 2007. "Depois de passar dois anos de 'cara fechada', agora temos uma perspectiva positiva pela frente", afirma. O faturamento da CNH na América Latina foi de US$ 1 bilhão em 2005, nas operações do setor agrícola e da construção civil (a empresa não divulga os dados de forma separada), volume que aumentou para US$ 1,199 bilhão no ano seguinte.

Produtividade

Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostram que no primeiro bimestre do ano passado a CNH produziu 104 colheitadeiras. Já no mesmo período deste ano a produção alcançou 122 unidades. Em relação aos tratores, a empresa fabricou 509 no primeiro bimestre do ano passado, número que passou para 629 no mesmo período de 2007. Foram aproximadamente duas colheitadeiras e 10 tratores por dia, uma produção ainda longe da capacidade instalada da fábrica, que está em 25 colheitadeiras e 69 tratores por dia. "Esses números ainda são baixos porque o mercado brasileiro tem um potencial muito grande", opina Pallaro.

Alívio

A Montana também está com produtividade muito abaixo do potencial em sua linha de produção. Conforme o presidente da empresa, Gilberto Zancopé, a capacidade instalada atualmente pode gerar um faturamento de R$ 300 milhões por ano. Por isso, os R$ 130 milhões estimados para 2007 representam uma ociosidade de mais de 50%. "A situação está melhor agora. O primeiro trimestre está sendo bem superior ao de 2006, ano em que ficamos sem carteira de encomendas. Antes eu produzia e colocava no estoque, agora tenho 60 dias vendidos [com encomendas]", explica. Mesmo assim, o cenário não é o mesmo de 2003 ou 2004, quando a companhia tinha uma média de três ou quatro meses garantidos com encomendas. "Não é para comemorar, é só um alívio."

A Montana, que possui uma joint-venture com a fabricante de tratores e colheitadeiras italiana Landini desde o ano passado, também voltou a contratar, depois de reduzir seu quadro de pessoal com a crise do campo de 2005 e 2006. Naqueles anos, a fábrica empregava 550 e 300 pessoas, respectivamente. Segundo o presidente Zancopé, a expectativa é que a empresa feche 2007 com 400 pessoas trabalhando. Só no primeiro trimestre foram admitidos 20 empregados.

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