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Os analistas do mercado financeiro reduziram, pela segunda semana seguida, a expectativa para a inflação neste ano, de acordo com Relatório Focus desta segunda (24). O boletim do Banco Central aponta que o IPCA deve terminar 2025 em 5,65%, 0,01 ponto percentual a menos do que o estimado na semana passada.
Apesar da leve queda, a inflação do ano ainda estará acima do teto da meta de 4,5% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No entanto, o índice já chega neste patamar em 2026, com uma alta de 0,08 ponto percentual na comparação com o estimado na semana passada.
Para os anos seguintes, a expectativa de inflação segue em 4% em 2027 e de 3,78% em 2028 (veja na íntegra).
A redução da inflação é resultado do aumento gradativo da taxa básica de juros desde o ano passado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, em que o então diretor de Política Monetária e atual presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, afirmou que seguiria buscando atingir o centro da meta de 3%.
Por conta disso, o Copom tem elevado a Selic desde então até atingir 14,25% na semana passada, com a expectativa de um novo aumento ainda neste ano. Segundo o Relatório Focus desta segunda (24), a expectativa é de que chegue a 15% neste ano.
Na uma redução para diminuir o aperto monetário da economia deve ocorrer apenas a partir de 2026, quando os analistas esperam uma redução para 12,5%. Em 2027 chegará a 10,5% e a 10% em 2028.
O Banco Central divulgará a ata da reunião do Copom da semana passada nesta terça (25), que deve indicar qual será o caminho da Selic neste ano. Há a expectativa de que o comitê sinalize o percentual de aumento dos juros nas próximas reuniões.
PIB e dólar
Ainda no Relatório Focus desta segunda (24), os analistas do mercado financeiro já preveem uma desaceleração da economia por consequência do aumento recente da Selic, apontando que o PIB do ano deve chegar a 1,98%, contra 1,99% previsto na semana passada e 2,01% há um mês.
A previsão, no entanto, contrasta com a expectativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que repetidamente afirma que conseguirá fechar o ano novamente acima de 3%.
Para os próximos três anos, a expectativa é de 1,6% em 2026, 1,99% em 2027 e 2% em 2028.
O aperto monetário também deve se refletir na cotação média do dólar no ano, que já chega a R$ 5,95, mas com um aumento para R$ 6 em 2026 e a R$ 5,90 em 2027 e 2028.








