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| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A produção industrial brasileira surpreendeu em maio ao subir 0,6%, interrompendo três meses de queda no melhor resultado em quase um ano. O resultado mensal é o melhor desde julho de 2014 (+0,8%), entretanto ainda é insuficiente para recuperar as perdas acumuladas de 6,9% nos cinco primeiros meses de 2015, informou o Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (2)

Apesar do bom desempenho registrado em maior deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2014, a produção industrial caiu 8,8%, 15ª taxa negativa nessa base de comparação e a segunda mais acentuada neste ano.

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Setores

Entre as categorias de produção, o destaque ficou para Bens de Consumo Semiduráveis e não Duráveis, com alta de 1,2% em maio sobre abril para interromper sete recuos mensais seguidos, quando acumulou queda de 8,5%.

Já Bens de Capital, uma medida de investimento, voltou a registrar taxa positiva, de 0,2 por cento em maio, após três quedas seguidas.

Em relação aos 24 ramos pesquisados, segundo o IBGE, 14 registraram alta na produção, sendo as principais influências positivas outros equipamentos de transporte (8,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,1%) e perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (1,9%).

Apesar da leve recuperação em maio, para junho o cenário já indica problemas. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) aponta que a indústria brasileira encerrou o segundo trimestre com contração devido às dificuldades econômicas que afetam a entrada de novos negócios.

A indústria vem exercendo um dos principais pesos sobre a economia brasileira como um todo, em meio à inflação alta, juros elevados que encarem o crédito e confiança abalada.

A expectativa de especialistas na última pesquisa Focus é de que a produção do setor vai recuar este ano 4%, com o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrando contração de 1,49%.

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