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Só 12 de 27 setores industriais cresceram até maio

A produção industrial em 2013 tem sido carregada por poucas atividades, o que tem limitado o crescimento

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A produção industrial brasileira caiu 2% em maio frente a abril e, em relação ao mesmo mês de 2012, mostrou expansão de 1,4%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (2).

O resultado mensal é o pior desde fevereiro, quando a produção caiu 2,3%, e também foi pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters junto a 29 analistas, de recuo de 1,0%. As estimativas variaram de estabilidade a queda de 1,7%.

Na comparação anual, a expectativa era de avanço de 2,5%, sendo que as projeções variaram de alta de 1,5 a 4,1%.

Entre os setores, os destaques negativos de abril para maio ficaram com o setor mobiliário (-11,4%), de perfumaria e produtos de limpeza (-8,2%), máquinas e equipamentos (-5%), alimentos (-4,4%) e veículos (-2,9%).

Entre as altas, os destaques ficaram com bebidas (4,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (1,6%).

Segundo o IBGE, a queda foi generalizada. Dos 20 setores, 27 registraram desempenho negativo negativo de abril para maio.

Bens de capital

A produção industrial de bens de capital caiu 3,5% na passagem de abril para maio. Em comparação com maio do ano passado, a alta foi de 12,5%. Já a categoria de bens de consumo caiu 1,8% ante o mês anterior e subiu 1,6% na comparação com maio de 2012. O resultado ficou de dentro das estimativas, que iam de alta de 1,10% a 4,10%, e abaixo da mediana, de 2,40%.

Entre os bens de consumo, os duráveis caíram 1,2% de abril para maio e subiram 4,1% em relação a igual mês do ano passado. Os semiduráveis e não duráveis caíram 1% na passagem de abril para maio e subiram 0,8% frente a maio de 2012. Os bens intermediários apresentaram uma retração de 1,1% entre abril e maio e caíram 0,6% ante igual mês do ano passado.

O IBGE informou ainda que a média móvel trimestral da produção industrial de maio foi de 0,2%.O IBGE revisou o resultado da produção industrial em abril, em comparação com março de 1,8% para 1,9%.

Estoques

A retração de 2% na produção industrial maio reverte o cenário mais favorável traçado pelo setor nos dois últimos meses. A avaliação foi feita pelo gerente da Coordenação da Indústria do IBGE, André Macedo. Segundo ele, o aumento dos estoques pode explicar essa queda mais forte do ritmo da indústria no período.

"O aumento dos estoques é o componente novo que pode explicar a intensidade da retração em maio", explicou. Segundo ele, o fato da queda ter sido generalizada entre as categorias da indústria também aponta nessa direção.Para Macedo, a indústria apresenta um comportamento mais volátil.

Apesar desse quadro mais negativo, o gerente pondera que no acumulado do ano, a pesquisa mostra que o saldo ainda é positivo com ganho de 1,7%. Macedo lembra que a produção ainda está em um patamar mais elevado do que terminou 2012. Um resultado positivo apesar do efeito calendário, com 2013 tendo um dia útil a menos na comparação com o ano anterior.

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