Rio A produção industrial cresceu em 9 das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em agosto, na comparação com julho, na série com ajuste sazonal divulgada ontem. As maiores expansões em relação ao mês anterior ocorreram na Bahia, que teve aumento de 3,2%; Goiás, alta de 2,1%; Minas Gerais, crescimento de 1,3%; Rio de Janeiro, alta de 1,1%; e Rio Grande do Sul, que cresceu 0,9%. O Paraná teve crescimento de 0,4%, enquanto o Amazonas mostrou estabilidade e sua variação ficou em 0,0%.
Segundo Isabella Nunes, gerente de análise e estatísticas derivadas do IBGE, "os dados regionais da produção industrial confirmam que houve uma aceleração na atividade do setor do primeiro para o segundo semestre". No caso da média da indústria nacional, após acumular crescimento na produção de 2,7% no primeiro semestre ante igual mês do ano passado, houve expansão de 3,3% no acumulado de julho a agosto ante igual período de 2005.
São Paulo cresceu 0,5%, abaixo da média nacional, que ficou em 0,7%. Na cidade, que responde por 40% da produção nacional e tem o maior peso na pesquisa nacional, houve aumento acumulado de 3,4% no primeiro semestre, subindo para 4,6% no bimestre julho-agosto, sempre em comparação com o mesmo período de 2005.
Foram registradas quedas ante mês anterior no Espírito Santo (5,8%), Pernambuco (3,0%), Ceará (-2,2%) e Santa Catarina (0,2%).
Em relação a agosto de 2005, quando o índice nacional subiu 3,2%, os índices regionais da produção industrial foram positivos em 11 locais, com destaque para o Pará, que teve aumento de 19,1%.
Santa Catarina (2,0%), Espírito Santo (1,9%), Bahia (1,0%), Rio de Janeiro (0,7%) e Pernambuco (0,3%) tiveram altas abaixo da média nacional. Permanecem em queda Rio Grande do Sul (2,6%), Amazonas (-1,3%) e Paraná (0,6%). Segundo Isabella, as regiões com desempenho negativo na produção industrial sofrem impacto dos problemas enfrentados no setor agrícola ou do câmbio, seja pelos efeitos nas exportações ou concorrência nas importações. Essas mesmas regiões também apresentaram queda na produção no acumulado do ano: Amazonas (2,4%), Paraná (3,0%) e Rio Grande do Sul (-3,5%).



