• Carregando...

A produção industrial brasileira cresceu 3,1% em 2005, menos da metade dos 8,3% de crescimento do ano anterior, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. Apesar do crescimento menor em 2005, a indústria comemora seis anos seguidos de alta. Além disso, o resultado de dezembro do ano passado também surpreendeu: subiu 2,3%, enquanto o mercado esperava uma alta de apenas 1,5%. Esse foi o melhor para o mês de dezembro desde 2000.

Em 2003, 2002 e 2001, as taxas anuais da indústria haviam sido de, respectivamente, 0,04%, 2,7% e 1,6%.

O melhor desempenho de 2005 foi dos bens de consumo duráveis, com expansão de 11,4%. Os destaques desta categoria foram os automóveis (13,1%), telefones celulares (43,9%) e televisores (23,1%). Todos esses setores - destaca o IBGE - foram beneficiados pelo aumento da oferta de crédito e pela melhora do mercado de trabalho.

- No caso de automóveis, além do incremento de 21,9% nas unidades exportadas, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o lançamento de veículos bicombustível impulsionou as vendas internas, que cresceram 8,1% - afirmou a coordenação de indústria do IBGE.

O crescimento de 2,3% da produção industrial em dezembro, na série já com ajuste sazonal, mostra que pode ter chegado ao fim o processo de ajuste de estoques feito pela indústria nos últimos meses. Esta é a avaliação de Silvio Salles, Coordenador de Indústria do IBGE.

- As vendas do setor já vinham mais forte do que a produção. Em dezembro, 21 dos 23 ramos industriais tiveram alta e o desempenho foi melhor em setores mais ligados ao comércio - disse Salles.

No ano, os bens de consumo semiduráveis e não-duráveis tiveram avanço de 4,7% e, pela primeira vez desde 1999, ficaram acima da média da indústria. A categoria foi a única a sustentar o ritmo observado no fechamento de 2004 (4,0%). De acordo com o IBGE, "a expansão está provavelmente relacionada à trajetória positiva da massa salarial e ao declínio dos preços, principalmente de alimentos".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]