Produção industrial do PR teve tímida reação em outubro

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A produção industrial do Paraná esboçou reação em outubro, mas sem força suficiente para recolocar o setor em uma rota de crescimento mais consistente. Segundo o IBGE, a atividade avançou 2,2% em relação a setembro, recuperando apenas parte do ritmo perdido no mês anterior (-3,1%). Além disso, em relação a outubro de 2011 a produção caiu 5,4% -- o quinto recuo consecutivo nesse tipo de comparação.

Esses tímidos resultados mantiveram no vermelho, pelo segundo mês seguido, o indicador acumulado no ano, que até agosto ainda exibia crescimento. De acordo com o IBGE, de janeiro a outubro a produção estadual recuou 1,3% em relação ao mesmo período de 2011.

Mas há pelo menos um alento: dos 14 segmentos industriais monitorados pelo IBGE, dez estão produzindo mais neste ano. Ou seja, a retração global foi puxada por apenas quatro ramos. Segundo o IBGE, o impacto mais forte veio de veículos automotores -- cuja produção caiu 10,4% no ano, pressionada principalmente pelo mau resultado dos caminhões -- e de produtos químicos, com baixa de 11,9%, por causa da retração na indústria de fertilizantes. Também diminuiu a fabricação de minerais não metálicos (-3,3%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,3%).

Faturamento sobe

Se por um lado a produção está menor, por outro o faturamento da indústria se mantém em alta e deve bater o recorde estabelecido em 2011. A afirmação é da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), que divulgou nesta quinta (07) as vendas industriais.

Segundo a entidade, as receitas do setor cresceram 7% na passagem de setembro para outubro, após uma queda de 12,7% entre agosto e setembro. Na comparação com outubro de 2011, as vendas aumentaram 4,4% e, no acumulado dos dez primeiros meses do ano, 2,5%.

Dos 18 segmentos industriais avaliados pela Fiep, apenas seis estão ganhando menos dinheiro neste ano. Curiosamente, dois deles – alimentos e edição e impressão – estão entre os que mais elevaram a produção neste ano, segundo o IBGE. E a terceira maior alta no faturamento foi a da indústria de veículos: enquanto o IBGE diz que sua produção caiu 10,4%, a Fiep afirma que suas receitas aumentaram 21,3%.