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A produção industrial brasileira teve uma variação estável – de 0% – em janeiro de acordo com dados do IBGE divulgados nesta terça (11). Apesar do resultado nulo, o índice mostra uma recuperação após três meses de resultados negativos que acumularam perdas de 1,2% (-0,2% em outubro, -0,7% em novembro e -0,3% em dezembro de 2024).
Já na comparação com janeiro do ano passado, a produção industrial avançou 1.4%, e acumula uma alta de 2,9% em 12 meses.
Segundo o IBGE, a recuperação ocorreu principalmente pelo crescimento na produção de máquinas e equipamentos (6,9%) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (3,0%).
Outros segmentos também se destacaram, como produtos de borracha e material plástico (3,7%), calçados e artigos de couro (9,3%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,8%), produtos diversos (10,0%), máquinas e materiais elétricos (4,3%) e móveis (6,8%).
“Há um movimento de maior dinamismo para a produção de janeiro de 2025 por conta dessa volta à produção e que elimina a perda registrada em dezembro de 2024”, explica André Macedo, gerente da pesquisa.
Por outro lado, seis atividades registraram recuo na produção, sendo a principal delas as indústrias extrativas (-2,4%), que interromperam dois meses consecutivos de alta. Também apresentaram queda os setores de coque e derivados de petróleo (-1,1%), celulose e papel (-3,2%) e confecção de vestuário (-4,7%).
“Outro ponto importante que deve ser considerado para explicarmos a queda desse mês é o fato desse ramo industrial ter mostrado crescimento nos dois últimos meses de 2024. Na atividade de petróleo e gás, observa-se algumas paralisações em plataformas por conta de paradas programadas ou não”, explica Macedo.
Na comparação com janeiro de 2024, a indústria brasileira registrou seu oitavo crescimento consecutivo, ainda que tenha sido um dos mais modestos da série recente. O setor de veículos e máquinas e equipamentos novamente foi o principal responsável pelo desempenho positivo.
Também contribuíram os segmentos de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (11,9%), têxteis (17,5%), metalurgia (4,1%), produtos de metal (6,6%), químicos (2,4%), borracha e material plástico (3,8%), manutenção e reparação de máquinas (7,7%), minerais não metálicos (4,2%) e móveis (9,1%).
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