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Produção industrial tem maior alta em nove meses e supera nível pré-pandemia

Indústria brasileira
Levantamento aponta crescimento de 1,2% da indústria brasileira em março, e de 3,1% em 12 meses. (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo / arquivo)

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A produção industrial brasileira cresceu 1,2% em março de acordo com dados divulgados nesta quarta (7) pelo IBGE. Foi o aumento mais expressivo desde junho de 2024, quando houve uma alta de 4,3%.

O resultado positivo representa uma recuperação da indústria após cinco meses de fraco desempenho, e o acumulado em 12 meses -- de 3,1% -- já supera o nível pré-pandemia de fevereiro de 2020, quando chegou a 2,8%.

“O mês de março se caracterizou por um maior dinamismo após cinco meses de menor intensidade. O maior ritmo verificado em março de 2025 foi caracterizado não só pela maior intensidade do resultado [o maior desde junho de 2024, de 4,3%], mas também pelo perfil disseminado de taxas positivas”, explicou André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM Brasil).

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Macedo se referiu aos três últimos meses de 2024, que registraram queda acumulada de 1%, e aos dois primeiros meses de 2025, em que a produção ficou praticamente estável. O resultado positivo de março, diz, é reflexo de um aumento mais intenso na produção, mas também de um perfil disseminado de crescimento: três das quatro grandes categorias econômicas e 16 das 25 atividades industriais pesquisadas tiveram alta.

No acumulado do ano, a indústria brasileira cresceu 1,9%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o avanço é de 3,1%.

Entre os segmentos que mais contribuíram para a expansão da indústria em março estão coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,4%), indústrias extrativas (2,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (13,7%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4%).

Por outro lado, nove atividades industriais registraram queda na produção, com destaque para produtos químicos (-2,1%) e produtos alimentícios (-0,7%). A produção de produtos químicos eliminou o avanço de 2% observado em fevereiro, enquanto o setor alimentício voltou a recuar após acumular alta de 3,7% entre dezembro de 2024 e fevereiro deste ano.

Entre as grandes categorias econômicas, os bens de consumo duráveis (3,8%) e os bens de consumo semi e não duráveis (2,4%) apresentaram os maiores crescimentos em março, revertendo as perdas de fevereiro, que haviam sido de -2,8% e -0,8%, respectivamente.

Os bens intermediários também avançaram 0,3%, no segundo mês consecutivo de alta. O único resultado negativo ficou com os bens de capital, que recuaram 0,7%.

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Na comparação com março de 2024, o IBGE destaca que o crescimento de 3,1% em 2025 também foi influenciado por uma base de comparação baixa, já que, naquele mês, a produção industrial havia recuado 2,9%.

“Permanece a característica de perfil disseminado de crescimento para esse tipo de comparação, já que 3 das 4 grandes categorias econômicas e 18 dos 25 ramos assinalam taxas positivas”, observou Macedo.

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