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A produção industrial no Paraná cresceu 19,6% nos primeiros seis meses de 2010. O índice é o quinto maior do país – apenas os estados do Espírito Santo, Amazonas, Minas Gerais e Goiás tiveram crescimento maior. O resultado paranaense também é maior que o acumulado no Brasil no período, que é de 16,2%. Os dados estão na Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Paraná, dos 14 setores pesquisados pelo IBGE 13 apresentaram crescimento na produção industrial, o que explica os bons resultados alcançados pelo estado. O maior aumento foi registrado no setor de veículos automotores, que teve alta de 62,9%, impulsionado pela produção de caminhões e caminhões-tratores.

Os resultados positivos também aparecem na produção de máquinas e equipamentos, que cresceu 42,3%, impulsionada pela fabricação de máquinas para colheita e para produção de celulose. O outro setor que registrou um crescimento significativo foi o de edição e impressão, com alta de 18,6%. Os produtos que impulsionaram esse aumento foram os livros e impressos didáticos. O único setor que apresentou queda na produção no estado no primeiro semestre foi o de produtos químicos, que recuou 7,3%, por causa da produção de adubos e fertilizantes.

O crescimento da produção industrial não está ocorrendo de forma pontual no estado. "Se compararmos a produção trimestral, o Paraná já cresce há quatro períodos seguidos", ressalta Fernando Abritta, economista da coordenação de indústria do IBGE.

Ao comparar índice de crescimento industrial de junho com o do mês de maio de 2010, houve uma queda de 1,7% no período. Para Abritta, é preciso relativizar o dado. "O Paraná veio de um crescimento muito forte em maio, quando a produção subiu 17,5%", explica.

Comparação com 2009

O crescimento da produção industrial no Paraná, na comparação com junho de 2009, é de 41,3%, muito acima da média nacional, que é de 9,1%. "Essa é a maior expansão verificada desde o início da pesquisa", afirma Abritta.

Em relação ao índice mensal, a produção paranaense foi impulsionada pelo crescimento do setor de edição e impressão, que teve alta de 428,28% comparando os dois meses de junho. "Esse é um crescimento atípico, que contou com o aumento da fabricação de livros e impressos didáticos, mas também pela baixa base de comparação", explica Abritta.

Além do crescimento descomunal de um setor, outros 11 dos 14 setores pesquisados pelo IBGE tiveram alta. A produção de veículos automotores tem alta de 69%, principalmente pela fabricação de caminhões, caminhões-tratores, bombas injetoras e automóveis. Outros setores que se destacaram foram o de máquinas e equipamentos, com alta de 97,4% impulsionada pela produção de máquinas para colheita e tratores agrícolas, e de alimentos, que cresceu 11,6%, por causa dos itens açúcar cristal e carnes e miudezas de aves.

Também tiveram crescimento os setores de madeira, com aumento de 32,8% principalmente na produção de madeira serrada; e o de aparelhos e materiais elétricos, que registrou aumento de 58,9%, sobretudo com a produção de cabos e fibras ópticas e fios, cabos e condutores elétricos.

Os dois setores que apresentaram queda na produção foram o de refino de petróleo e produção de álcool, com recuo de 5,5%, e celulose e papel, com diminuição de 4,8%. Os produtos que determinaram a queda foram o óleo diesel, papel-cartão e papel Kraft para embalagens.

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