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Trabalho

Quase 2 milhões de empregos foram criados no país em 2006

Dados de empregadores apontam que o Paraná foi o quarto estado que mais contratou

 | Sossella
(Foto: Sossella)

Com a abertura de 1,917 milhão novos postos no mercado de trabalho, o emprego formal cresceu 5,77% em 2006, segundo os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. O número de trabalhadores com vínculo formal chegou a 35,2 milhões no ano passado. Em termos absolutos, este foi o melhor resultado do mercado formal de trabalho desde 1985, quando teve início a série histórica da Rais. O Paraná foi o quarto estado que mais abriu vagas no país no ano passado, com um saldo de 141,9 mil novos empregos.

"O crescimento é maior do que imaginávamos, não tínhamos dimensão. Isso mostra que a economia está crescendo com consistência’’, avaliou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, acrescentando que, entre 2003 e 2006, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram criados 6,471 milhões de empregos formais. Além da maior oferta de vagas, houve aumento de 11,97% na massa salarial, a maior taxa de crescimento desde 1995. "Meu chutômetro é que a Rais de 2007 será ainda melhor que a de 2006", disse Lupi. "Todas as indicações vão nessa direção."

Outra revelação é que estados em áreas menos desenvolvidas, como Tocantins, Maranhão e Pará, são os que mostram maior taxa de aceleração na criação de empregos. Neles, o aumento foi superior a 9% no ano passado. "Estamos invertendo o êxodo rural", comemorou o ministro. Em termos absolutos, porém, São Paulo segue na liderança de oportunidades de trabalho. Foram abertos 554,4 mil empregos, um aumento de 5,68% sobre 2005.

O setor de serviços foi o que mais gerou postos de trabalhos formais em 2006, seguido da indústria de transformação, do comércio e da administração pública. Em termos de crescimento relativo, os melhores desempenhos foram do setor extrativo mineral, devido à inclusão do petróleo nesta categoria. A Rais destaca ainda uma forte recuperação do emprego na construção civil, com um crescimento de 11,89%.

A Rais é uma das várias estatísticas de emprego elaboradas pelo governo, que leva em conta os trabalhadores com carteira assinada, inclusive os temporários, e os funcionários do setor público. É diferente dos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que considera também empregados domésticos e trabalhadores sem carteira assinada. A pesquisa de 2006 foi baseada na declaração de 2,834 milhões de estabelecimentos com vínculo formal, um número 4,02% maior que o de 2005.

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