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combustíveis

Quase metade dos postos vende álcool a R$ 1,999

De 95 postos de Curitiba consultados pela ANP na semana passada, 43 cobravam esse valor pelo litro. Sindicombustíveis diz que amostra não abrange todo setor

Pelo menos 43 postos, de 20 bairros, cobram R$ 1,999 por litro de etanol. Este fica no Boqueirão | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Pelo menos 43 postos, de 20 bairros, cobram R$ 1,999 por litro de etanol. Este fica no Boqueirão (Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo)
Posto no Centro de Curitiba, onde ao menos quatro locais cobram exatamente o mesmo preço pelo álcool |

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Posto no Centro de Curitiba, onde ao menos quatro locais cobram exatamente o mesmo preço pelo álcool

Estabelecimento no Hauer: para o Sindicombustíveis, pesquisa da ANP é falha por não abranger todos os 400 postos da cidade |

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Estabelecimento no Hauer: para o Sindicombustíveis, pesquisa da ANP é falha por não abranger todos os 400 postos da cidade

Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que boa parte dos postos de Curitiba tem cobrado os mesmos valores pelos combustíveis.

A prática é mais visível no etanol: de 95 estabelecimentos pesquisados entre 20 e 25 de maio, 43 – quase metade – cobravam R$ 1,999 pelo litro. Esses estabelecimentos estão espalhados por 20 bairros da cidade. Outros 13 postos cobram R$ 1,899 por litro. No caso da gasolina, 25 estabelecimentos cobravam R$ 2,699 por litro, 15 cobravam R$ 2,599 e em dez o litro saía por R$ 2,499.

Na média de todos os postos consultados, o litro do álcool custava R$ 1,962, ligeiramente abaixo do preço verificado na semana anterior (R$ 1,971). O preço máximo encontrado foi de R$ 2,199 e o mínimo, de R$ 1,75. A gasolina também teve leve queda, de R$ 2,599 para R$ 2,593 por litro, com preços variando de R$ 2,399 a R$ 2,799.

O Sindicombustíveis-PR, representante dos postos, contesta a pesquisa da ANP. "Curitiba apresenta uma grande disparidade de preços de combustíveis. O fato de uma pesquisa dizer que existe um número de postos praticando preços semelhantes não constitui crime contra o sistema financeiro, por vários motivos", diz Roberto Fregonese, presidente do sindicato patronal.

Fregonese atribui à alta concorrência e ao grande número de postos o fato de haver tantos estabelecimentos cobrando o mesmo preço. Diz também que a pesquisa não abrange todo o setor – ao todo são cerca de 400 postos na cidade, segundo ele – e que o pessoal que faz a coleta dos dados para a ANP não é especializado.

O levantamento da ANP mostra também que 61 dos 95 postos não apresentaram nota fiscal de procedência do álcool, e 55 não mostraram notas referentes à compra de gasolina. De acordo com a ANP, todo o posto é obrigado a informar ao consumidor a procedência do produto (a informação deve constar na bomba de combustível) e que, se essa exigência não for cumprida, o posto será multado.

No entanto, a ANP diz que os postos não são obrigados a mostrar a nota fiscal durante a coleta de dados para os levantamentos de preço. "A pesquisa é realizada por uma empresa contratada pela agência e os pesquisadores não têm poder para exigir a nota [fiscal] do dono ou do gerente", afirma a agência, segundo a qual seus fiscais serão acionados somente se os dados coletados despertarem alguma dúvida – ao contrário dos pesquisadores, os fiscais têm o poder de exigir a nota.

Colaboraram Ivonaldo Alexandre e Dilvo Rodrigues, especial para a Gazeta do Povo

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Os levantamentos semanais da ANP, com a relação dos postos consultados e preços coletados, são armazenados no site www.anp.gov.br/preco.

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