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O resultado da produção industrial de novembro – queda de 0,2% em relação ao mês anterior – não compromete a recuperação que o setor vinha experimentando nos últimos meses, avalia o economista da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo. Para ele, o movimento pode representar uma acomodação no ritmo de expansão.

De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (6) pelo IBGE, em novembro a indústria registrou a primeira queda depois de dez meses de alta. Segundo Macedo, esse resultado "deve ser relativizado", já que desde janeiro de 2009 o setor industrial vinha apresentando resultados positivos.

"Essa trajetória ascendente é corroborada por outros indicadores, como a comparação entre os meses de novembro dos dois anos. Neste caso, o setor assinala sua primeira taxa positiva desde outubro do ano passado (5,1%), interrompendo doze meses de queda", ressaltou. "Isso reflete não apenas a recuperação ao longo de 2009 como também é influenciado pela baixa base de comparação de novembro de 2008. Por isso, o resultado de novembro pode ser interpretado como uma acomodação em função do próprio crescimento anterior", explicou.

Macedo destacou que o resultado foi fortemente influenciado pelas perdas no setor de bens de consumo duráveis, principalmente veículos automotores, com queda de 2,2% na passagem de outubro para novembro. Já em relação ao mesmo período de 2008, o setor teve crescimento de 22,9%.

Ao todo, na passagem de outubro para novembro, 15 dos 27 ramos pesquisados reduziram a produção. Já na comparação entre os meses de novembro dos dois anos, foi registrada expansão em 20 dos 27 segmentos.

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