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IPCA

Queda em preço de carros freia inflação em Curitiba

Cidade e região tiveram a menor variação do IPCA de setembro, entre as capitais pesquisadas. Alta de 0,29% elevou inflação acumulada no ano para 3,31%

Quedas nos preços de carros e de combustíveis puxaram para baixo a inflação de setembro medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em Curitiba e região. O índice recuou 0,29%, na comparação com agosto, na menor variação entre as 12 capitais pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou os dados nesta sexta-feira (5).

O setor de transportes teve queda preços na ordem de 0,72% em Curitiba e região. O item foi o único que registrou diminuição nos preços. Os dados apontam recuam de preços de automóveis novos (-0,77%) e usados (-1,73%), e queda no preço do combustível (-0,61%). Ainda dentro do item de transportes, o custo do transporte público subiu 0,88%.

A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vem ajudando a conter os preços dos automóveis, conforme o IBGE. "O mercado de (automóveis) usados vem sofrendo pela oferta aumentada de automóveis novos. As pessoas tendem a comprar os novos e colocam os usados no mercado. Então a tendência é desvalorizar os usados", explicou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

Outros itens

Na ponta dos itens que mais ajudaram a subir a média da inflação está a divisão de vestuários (1,44%). Os calçados e acessórios foram os grandes vilões no aumento do índice, com elevação de 2,85% nos preços. A roupa feminina foi a única que teve um leve regresso na cotação (-0,19%).

No acumulado do ano, Curitiba soma inflação de 3,31%, ocupando a oitava colocação entre as cidades com o maior aumento nos preços desde janeiro. As despesas pessoais, em Curitiba, foram as que tiveram o maior acúmulo de inflação (7,71%). O fumo, por exemplo, teve um salto de 22,53% no preço, nessa base de comparação.

Entre o período de setembro de 2011 e setembro de 2012, o índice de inflação somado na capital paranaense totaliza 4,62%. Nesta análise, o que pesa mais no bolso dos curitibanos em relação à soma dos últimos 12 meses é a despesa com alimentação (9,68%). O setor de tubérculos, raízes e legumes, por exemplo, variou 70,82% no período.

Nacional

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,57% em setembro deste ano, acima do registrado no mês anterior (0,41%) e em setembro do ano passado (0,53%). Foi a maior desde abril, quando o indicador tinha ficado em 0,64%.

A inflação oficial acumula taxa de 3,77% no ano, abaixo dos 4,97% registrados no mesmo período do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é 5,28%, ligeiramente acima dos 5,24% registrados no período de 12 meses encerrado em agosto e se afastando ainda mais do centro da meta estabelecida pelo governo, de 4,5% no ano. A inflação de 5,28% em 12 meses é a maior desde fevereiro, quando tinha registrado variação de 5,85%.

Depois de Curitiba, as cidades que tiveram as menores inflações foram Brasília (0,43%), São Paulo (0,47%) e Salvador (0,56%). Já Recife (0,79%), Rio de Janeiro (0,74%) e Goiânia (0,72%) tiveram os maiores aumentos.

Pesquisa

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é medido mensalmente pelo IBGE. Os locais pesquisados pelo Instituto são: regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e município de Goiânia.

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