Os preços internacionais do petróleo atingiram novos picos históricos nesta quarta-feira, após dados do governo mostrarem uma surpreendente queda nos estoques da commodity nos Estados Unidos.
Em Nova York, o contrato futuro chegou a US$ 72,10 o barril, em alta de US$ 0,75.
Em Londres, o preço do Brent bateu US$ 73,76 o barril e logo depois era negociado com aumento de US$ 1,14, para US$ 73,65.
Depois de abrir em queda, o petróleo passou a subir, pressionado pelo temor de que a disputa nuclear entre o Ocidente e o Irã possa causar corte no fornecimento e devido à queda nos estoques de gasolina dos EUA.
Os estoques de gasolina dos EUA caíram em 5,4 milhões de barris durante a semana passada, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo governo. A queda foi quase duas vezes maior que a esperada pelos analistas, que esperavam uma queda de 2,5 milhões de barris.
Os preços da gasolina subiram mais rápido que os do petróleo no início de abril por causa da queda nos estoques, enquanto que os refinadores gastam suas reservas trocando-as por um combustível com aditivos menos contaminantes.
O barril do tipo Brent marcou máximas históricas nos seis últimos pregões, uma vez que a interrupção no fornecimento do petróleo nigeriano ajustou os mercados europeus mais que o americano, onde os estoques ainda se mantêm no maior nível dos últimos oito anos.
O barril do tipo Light para entrega em maio recuou US$ 0,35, negociado a US$ 71, depois de ter marcado um recorde de US$ 71,79.
Ao longo do ano, o Brent já teve um avanço de US$ 13.
O preço do petróleo triplicou desde o começo de 2002 e, ajustado pela inflação, está próximo da máxima de mais de US$ 80 o barril registrada no início dos anos 80, pouco depois da revolução iraniana.
Os altos preços também acionaram os alarmes nos países consumidores que temem pela economia.
O Fundo Monetário internacional disse nesta quarta-feira que é uma preocupação crescente o impacto que os altos preços do petróleo terão sobre a economia mundial.
Em seu informe semestral sobre "Perspectivas para a Economia Mundial", o FMI disse que se preocupa com o fato de que o impacto não terem ainda sentido os efeitos desse avanço.
