O senador e líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), disse que o Executivo não pedirá para o Congresso modificar a meta de “déficit zero”. A fala do senador acontece em meio ao impasse político criado após o presidente Lula (PT) ter dito que “dificilmente” cumprirá a meta proposta pelo seu próprio governo.
“O horizonte do déficit zero, que nós defendemos, hoje depende muito mais do Congresso do que do governo. Temos pelo menos quatro medidas fiscais que dependem do Congresso. As medidas de arrecadação estão, neste momento, nas mãos do Congresso”, afirmou Randolfe nesta segunda-feira (6), mesmo dia em que os presidentes da Câmara e do Senado rebateram a fala de Lula e saíram em defesa da meta.
De acordo com Randolfe, o governo dialogou “aprofundadamente” com o relator do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2024 e está confiante no parecer que será apresentado nesta terça-feira (7) na Comissão Mista de Orçamento.
O mal-estar entre o Congresso e o presidente Lula teve início no dia 27 de outubro, quando o petista afirmou, durante café com jornalistas, que o mercado é “ganancioso” e que “dificilmente” o governo cumprirá a meta de “déficit zero”.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o cumprimento da meta é essencial para manter o arcabouço fiscal de pé.
“Dificilmente chegaremos à meta zero até porque não queremos fazer corte de investimentos e de obras. Eu não vou começar o ano fazendo um corte de bilhões nas obras que são prioritárias nesse país. Eu acho que, muitas vezes, o mercado é ganancioso demais e fica cobrando a meta que eles acreditam que vai ser cumprida”, disse Lula na ocasião.
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