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No ano anterior ao das Olimpíadas e no período em que houve uma forte migração da população pobre para a classe média, os investimentos dos bancos nas áreas social e de esportes caíram na comparação com 2006. Esta é uma das revelações do Relatório Social 2007 da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgado nesta quarta-feira (13). No geral, os investimentos mantiveram-se estáveis de um ano para o outro, passando de R$ 1,151 bilhão para R$ 1,129 bilhão - uma queda de 1,92%.

Os recursos destinados pelos 29 bancos que participaram do levantamento à erradicação da pobreza e ao combate às desigualdades sociais passaram de R$ 82,1 milhões em 2006 para R$ 2,6 milhões no ano passado, uma queda de 96,83%. No caso dos recursos encaminhados aos direitos da criança e adolescente, especificamente na área de esportes, a redução dos investimentos foi de 67,34%, ao sair de R$ 113 milhões em 2006 para R$ 36,9 milhões no ano passado.

A diretora de Responsabilidade Social e Sustentabilidade da Febraban, Sônia Favaretto, disse não ter uma explicação específica para a redução desses números. Ela apresentou como hipótese a possibilidade de os recursos estarem sendo direcionados para outras áreas. De 2006 para 2007, por exemplo, o apoio à universidade pública, a programas de ensino superior e a universitários subiu 133%, de R$ 30 milhões para R$ 70 milhões Os recursos destinados à rubrica "apoio à comunidade" também avançaram no período, passando de R$ 5,7 milhões para R$ 50,6 milhões, um aumento de 787%.

Para Sônia, o resultado geral do balanço, praticamente estável de 2006 para 2007, no entanto, é motivo para comemoração. "Trata-se de um número sustentável e consistente. Para nós, não interessa haver apenas alguns picos de alta", argumentou. O presidente da Febraban, Fabio Barbosa, também fez um comparativo com os anos anteriores. Em 2003, os investimentos sociais e culturais dos bancos somaram R$ 602 milhões, passaram para R$ 826,4 milhões no ano seguinte, atingiram a marca de R$ 1,002 bilhão em 2005, subiram para R$ 1,151 bilhão em 2006 e chegaram a R$ 1,128,9 bilhão no ano passado. "Mais importante que a foto (desse balanço) é o filme de todos esses anos", disse.

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