A redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais e a limitação das horas extras significariam 2,8 milhões de novos empregos no país, indica estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) a pedido da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
- Com o crescimento da produção, em vez de contratar, as empresas aumentam a carga dos trabalhadores. Se as horas extras forem limitadas, novos postos serão criados - diz Rosane da Silva, secretária nacional de política sindical da CUT.
O projeto de limitar as horas extras será enviado pelas centrais sindicais ao Congresso Nacional.
- Atualmente, só há limitação diária, de duas horas - afirma Rosane. A idéia é criar além da limitação existente, mais duas: mensal (de 30 horas) e semestral (110 horas).
A proposta foi aprovada em reunião mensal da Executiva Nacional da CUT e será discutida com outras centrais.
Também foi feito um levantamento com 3 mil trabalhadores do país sobre a questão. A pesquisa mostra que 45% deles consideram a hora extra como uma forma de complementação de renda essencial.
Eles estão insatisfeitos com o que recebem por ela hoje, 52,4% dizem que a bonificação deveria ser maior e 67,3% reclamam do ritmo de trabalho.



