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Berzoini já foi ministro da Previdência do governo Lula. | Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil/Fotos Públicas
Berzoini já foi ministro da Previdência do governo Lula.| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil/Fotos Públicas

Ao abrir a reunião do Fórum que vai discutir a reforma da Previdência, o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) afirmou que as mudanças vão atingir apenas quem está ingressando no mercado de trabalho. A reforma, disse, não vai pegar quem está prestes a se aposentar, preservando direitos adquiridos. O ministro destacou no entanto que o governo não tem uma proposta fechada e que esta é uma oportunidade para “concertação”.

“Tem uma dinâmica vinculada à demografia, não para a atual geração, não para mim, não para quem está a cinco, seis, dez anos de se aposentar, mas para quem está ingressando no mercado de trabalho.”

Berzoini, que já foi ministro da Previdência do governo Lula, disse que o sistema previdenciário brasileiro continuará sendo “de repartição e solidário”, ou seja, um sistema no qual todos contribuem para garanti-lo. Esses são temas sagrados para o governo. Sem citar a rejeição da reforma por parte de sindicatos e de setores de seu próprio partido, o ministro reconheceu que a discussão é delicada e gera conflitos.

Tem uma dinâmica vinculada à demografia, não para a atual geração, não para mim, não para quem está a cinco, seis, dez anos de se aposentar, mas para quem está ingressando no mercado de trabalho.

Ricardo Berzoini,ministro da Secretaria de Governo.

“Como tratar desses temas delicados, muito caros, sem que haja um nível de conflito que muitas vezes dificulta o trabalho de ambas as partes. É um tema decisivo para o país”, discursou, citando o momento difícil por que passam a economia brasileira, internacional e o mercado de trabalho nacional.

Apesar de não estar prevista a participação do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, ele desceu para a reunião, no segundo andar do Palácio do Planalto, a pedido da presidente Dilma Rousseff. Wagner fez um apelo ao diálogo e afirmou que as paixões precisam ser orientadas pelo diálogo: “é gratificante e construtivo quando a gente consegue colocar a nossa verdade para ser mediada com outras verdades para ser construída uma verdade possível na democracia”, disse Wagner, acrescentando: “que a luz ilumine as nossas cabeças e as nossas paixões sejam orientadas pela racionalidade necessária para o diálogo.”

Ele também repetiu o discurso da presidente, destacando que as dificuldades econômicas do momento devem ser vistas como uma oportunidade para que se encontrem soluções. “O momento é tão ruim e tão difícil para nós, que não temos o direito de desperdiçá-lo olhando para nós mesmos e para as próximas gerações.”

O Fórum é composto por representantes das centrais sindicais e dos empregadores, com a participação de vários ministros. Foi criado em abril do ano passado, instalado em setembro. Esta é a segunda reunião do grupo.

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