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Trabalho

Regulamentação da PEC das Domésticas é adiada

Divulgação do relatório da comissão especial responsável por detalhar parte dos novos direitos foi cancelada por falta de acordo

Por ora, nove dos novos direitos estão garantidos sem mudanças pelo Legislativo | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Por ora, nove dos novos direitos estão garantidos sem mudanças pelo Legislativo (Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo)

A pedido do governo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator do projeto emenda constitucional dos empregados domésticos, cancelou a divulgação do texto que seria apresentado ontem e traria a íntegra das propostas de regulamentação da medida. Com o adiamento da votação do texto pela comissão, fica prejudicada a intenção do governo e do Congresso de concluir a regulamentação da PEC antes do dia 1.º de maio, Dia do Trabalhador. A expectativa agora é que o texto seja apresentado e votado em 15 dias.

O relatório da comissão deve trazer a solução para pontos que ainda estão pendentes, como o pagamento de multa nos casos de demissão sem justa causa e o pagamento de hora extra para babás e cuidadores de idosos. A minuta seria divulgada ontem e discutida hoje, na reunião da comissão que trata da regulamentação da emenda. Sem a divulgação, a reunião ocorrerá mantendo apenas o debate sobre o tema.

Jucá espera usar o tempo a mais para levantar o impacto financeiro das soluções propostas. O relator quer se assegurar que há meios de operacionalizar o "Supersimples das domésticas", sistema que inclui em uma única guia os pagamentos de FGTS e INSS. "Estive reunido com representantes das domésticas nesta tarde e elas pedem que essa guia também inclua a contribuição sindical. Nós achamos justo, mas teremos de discutir", destacou Jucá.

Regime simplificado

O governo deve baixar uma medida provisória para criar o regime simplificado que vai unificar o recolhimento do FGTS, da contribuição previdenciária e de um seguro contra acidente de trabalho para os empregados domésticos. Segundo uma fonte, o entendimento do governo é que, como envolve tributos e tem impacto nas contas públicas, a unificação é prerrogativa exclusiva do Executivo. A minuta da MP prevê FGTS obrigatório de 8% para o FGTS, mantém a contribuição patronal para o INSS em 12% e fixa uma alíquota de 0,5% sobre o salário para custear o seguro contra acidente de trabalho. Haverá prazo de carência para o pagamento do novos direitos de até 120 dias.

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