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Assembleia em que funcionários aceitaram proposta da Renault: ganho foi o maior do país, segundo o sindicato | Divulgação
Assembleia em que funcionários aceitaram proposta da Renault: ganho foi o maior do país, segundo o sindicato| Foto: Divulgação

Os metalúrgicos da Renault, em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba), aceitaram ontem a nova proposta de reajuste salarial da empresa e encerraram as paralisações temporárias iniciadas na quarta-feira. Os 5,2 mil funcionários da montadora receberão aumento de 10,1% (4,29% de reposição da inflação e 5,55% de reajuste real), além de um abono de R$ 4,2 mil.

O acordo foi aceito durante assembleia realizada na manhã de ontem. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), Sérgio Butka, afirma que o ganho real conseguido pelos funcionários da Renault é o mais expressivo do ano, dentre todas as regiões do país, além de ser o maior dos últimos cinco anos no Paraná. "Talvez possa ter havido algum aumento nominal um pouco maior em outra região, mas o abono de R$ 4,2 mil desequilibra em nosso favor. O ganho real está dentro do panorama do mercado e da importância do setor", afirma.

Antes do acordo, a montadora havia oferecido um reajuste salarial de 7%, enquanto os trabalhadores pediam 12%. Na manhã de quarta-feira, os funcionários da Renault suspenderam a produção por duas horas, e voltaram a parar à tarde para cobrar uma proposta melhor da empresa. "Tivemos negociações rápidas e objetivas. Em ocasiões anteriores, tivemos que ficar até duas semanas em paralisação", lembra Butka.

Outras montadoras

Nas fábricas da Volkswagen, em São José dos Pinhais, e da Volvo, em Curitiba, os metalúrgicos seguem em negociação. Ontem, os trabalhadores da Volvo rejeitaram o pacote oferecido pela empresa e decidiram pela paralisação das atividades até a manhã de segunda-feira, quando será realizada uma nova assembleia.

A Volvo oferece a seus 2,7 mil funcionários o mesmo reajuste proposto pela Renault – aumento nominal de 10%, o equivalente a um ganho de 5,55% acima da inflação, e abono de R$ 4,2 mil. Os funcionários já sinalizaram aceitar estes valores, mas ainda há divergências em relação ao reajuste do vale-mercado, atualmente em R$ 60. A Volvo se dispõe a aumentar o benefício para R$ 90, mas os trabalhadores exigem que o vale suba para R$ 300. Em nota, a montadora de ônibus e caminhões lamentou que os trabalhadores não tenham aceitado a contraproposta, ressaltando ser a única montadora a oferecer o benefício de vale-mercado.

Até ontem, a Volkswagen ainda não havia feito uma contraproposta a seus 3,6 mil funcionários, que exigem o pacote proposto inicialmente pelo sindicato – 12% de reajuste nominal e abono de R$ 4,2 mil. Os metalúrgicos da empresa têm assembleia marcada para a manhã de hoje.

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