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Sugawara, da Servopa: desconto para incentivar vendas | Ivan Amorim/Gazeta do Povo
Sugawara, da Servopa: desconto para incentivar vendas| Foto: Ivan Amorim/Gazeta do Povo

O proprietário da Sul Caminhões, Ricardo Antunes, sentiu no bolso a parada nas vendas em Maringá. Há vinte anos nesse ramo, o empresário diz que a concessionária já viveu dias melhores com relação aos produtores rurais. "Maringá tem poucos pequenos produtores, então os grandes preferem investir o dinheiro ou comprar maquinários. É o que eles nos dizem."

O mercado imobiliário tem sido um dos principais destinos da renda do campo. O gerente regional da Plaenge Empreendimentos, Leonardo Fabian, diz que neste ano muitos produtores rurais compraram imóveis menores em Maringá, com o intuito de vender.

"Eles estão investindo para gerar uma renda de aluguel mensal ou para vender no futuro com um preço maior", explica. "Lançamos um imóvel no fim de 2012 com o valor de R$ 480 mil. Um cliente, que é produtor rural, comprou três: tive notícia que já conseguiu vender um dos apartamentos por R$ 880 mil. Foi um ganho fenomenal."

Estagnação

Com a renda do campo escoando para o mercado imobiliário, boa parte das lojas da cidade sentiu a estagnação. Maringá teve o pior desempenho do comércio entre as cidades pesquisadas pela Fecomércio. No quadrimestre, as vendas ficaram praticamente estáveis, com alta de apenas 0,12% na comparação com o mesmo período de 2012.

Na concessionária Servopa Volkswagen, a saída para atrair novos clientes foi dar descontos de 8% a 12% para produtores rurais adquirirem novos veículos. "Em anos de boa safra geralmente temos um incremento de 20% a 30% nas vendas", conta o gerente de vendas da empresa, Yoshio Sugawara.

O endividamento e a falta de acesso a novos créditos têm derrubado a expectativa de consumo da população. O Índice de Confiança do Consumidor Maringaense (ICCM), realizado a cada três meses pela Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), apontou queda forte no quesito "expectativa de consumo" entre o primeiro e o segundo trimestre, caindo de 161,2 pontos para 150,9.

Para o coordenador do estudo, o professor de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) Joilson Dias, a tendência para este semestre é de estagnação do consumo.

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