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Combustíveis

Repar deve responder sindicato hoje

Petroleiros aguardam posicionamento da refinaria da Petrobras sobre segurança. ANP já admite importar mais diesel por causa de acidente

Refinaria da Petrobras, em Araucária. Responsável por 12% dos derivados de petróleo no país, está há 14 dias parada | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Refinaria da Petrobras, em Araucária. Responsável por 12% dos derivados de petróleo no país, está há 14 dias parada (Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo)

Os trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) aguardam até a manhã de hoje uma resposta da empresa para as exigências de melhorias nas condições de saúde e segurança feitas pelo Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR-SC).

Caso os trabalhadores concordem com a paralisação, mais de 800 pessoas envolvidas na manutenção cruzarão os braços, o que afetará a reforma da Unidade de Destilação U-2100, cujo funcionamento foi paralisado em consequência do acidente ocorrido no dia 28 de novembro. "Um dos pontos da nossa pauta já foi atendido pela Repar, que foi a formação de um grupo de trabalho, com a participação do sindicato, para acompanhar a manutenção da unidade danificada", disse o presidente do sindicato, Silvaney Bernardi.

Desde o acidente, a produção na refinaria está totalmente parada, pois a unidade afetada é o ponto de partida do processo de refino do petróleo. Boa parte dos trabalhadores que estão ajudando nos reparos são funcionários da Repar. A paralisação desses trabalhadores pode atrasar a recuperação da unidade e complicar ainda mais o cenário do abastecimento de combustível no Paraná e em Santa Catarina.

A estimativa do sindicato dos petroleiros é de que há mais de 300 profissionais trabalhando na recuperação da unidade. Na última semana, parte da unidade afetada pelo acidente foi interditada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/MTE) porque o local oferecia riscos aos trabalhadores envolvidos na recuperação.

A diretora geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, confirmou ontem que o Brasil terá de aumentar a importação de Diesel para suprir a falta do produto no mercado após a explosão que paralisou a produção na Repar, responsável por 12% da produção nacional de derivados de petróleo.

Na segunda-feira, a ANP autorizou que um duto que transporta óleo cru fosse utilizado para transportar diesel importado via Porto de Paranaguá. A medida, segundo ela, viabiliza e dá agilidade à importação, de forma que não haverá descontinuidade ou problemas de abastecimento na Região Sul. O duto deve começar a funcionar hoje. Enquanto o diesel importado não chega ao mercado da região, a Petrobras continua controlando a oferta do produto no Sul do país para evitar o desabastecimento total.

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