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A Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), iniciou nesta terça-feira (17) os procedimentos de partida da Unidade de Destilação U-2100, afetada por um incêndio ocorrido no final da noite do dia 28 de novembro. Com isso, a empresa volta a refinar petróleo a partir da próxima sexta-feira (20) e deve, progressivamente, aumentar o volume de produção. Mas, a previsão é que somente na metade de janeiro a refinaria volte a normalidade após o incêndio que paralisou por quase um mês grande parte da indústria; ameaçou o abastecimento da região Sul; fez com a Petrobras aumentasse a importação de combustíveis; e deflagrasse uma greve dos trabalhadores por melhores condições de segurança.

A informação de retomada do refino na Repar foram confirmadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pelo Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro-PR-SC). A Petrobras, proprietária da refinaria, não se pronunciou sobre o caso novamente, apesar das diversas tentativas de obter informações sobre o funcionamento da indústria.

O presidente do Sindipetro-PR-SC, Silvaney Bernardi, explicou o motivo da demora em iniciar o refino do petróleo a partir da retomada da unidade atingida pelo incêndio. "Muita coisa já foi ajustada, mas sempre ficam probleminhas. É como se fosse um avião na cabeceira da pista aguardando a liberação dos mecânicos", relata Bernardi. De acordo com ele, três grupos com 12 funcionários estão trabalhando na partida da unidade, que envolve verificação de vazamentos, pressurização, análise de equipamentos e outros procedimentos técnicos.

A causa do acidente em novembro, segundo a ANP, foi o uso de um aço inadequado e fraco para suportar temperaturas elevadas. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) afirma que houve impacto ambiental, mas não detalhou o por quê. Segundo o órgão, a refinaria tem até o dia 31 de dezembro para levantar informações sobre o volume de solo possivelmente contaminado e a destinação dos resíduos que tenham sido coletados. O prazo de resposta, que venceria no dia 26 deste mês, foi estendido por conta das festas de final de ano. O IAP já informou, porém, que o rio Barigui não foi afetado, mas que é obrigação da Repar monitorar a qualidade da água.

Greve

A falta de segurança na refinaria fez os funcionários entrarem em greve no último domingo. Na segunda-feira, dia 16, após a Repar aceitar algumas reivindicações do Sindipetro -- como descanso de 24 horas contratação de seis novos funcionários --, eles retomaram o trabalho. A refinaria, via assessoria de imprensa, disse que "reafirma seu compromisso com a segurança operacional e o abastecimento do mercado".

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