Após cinco horas de reunião com o presidente argentino Nestor Kirchner, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que é preciso "resolver toda e qualquer divergência política que exista" sobre o Banco do Sul. Lula não detalhou as divergências sobre a proposta, mas afirmou que no próximo dia 15 de maio, em Quito, uma comissão bilateral vai se reunir para avaliar a proposta do banco.
- Para que a gente crie um banco, é preciso que a gente tenha sustentabilidade da idéia.
-Se o ministro da Fazenda entender que o banco tem uma finalidade, que pode ajudar a América do Sul, não tem nenhum problema participar, afirmou o presidente da República, no aeroporto de Buenos Aires, antes de embarcar para Brasília.
-Porque o Brasil já tem o BNDES (Banco de Desenvolvimento Econômico e Social). Mas mesmo assim, o país entende que pode contribuir com outras instituições para que a América do Sul tenha mais oportunidade.
O acordo que criou o Banco do Sul foi assinado em fevereiro, entre Argentina e Venezuela. O Brasil acompanha as discussões, mas não assinou termo de adesão. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a participação integral do país no Banco do Sul está condicionada à "igualdade de condições na construção do projeto". O economista argentino Aldo Ferrer defende a criação do banco e afirma que ele não se sobreporia ao brasileiro BNDES, que atualmente faz empréstimos para obras em países da América do Sul.



