O protesto contra os custos elevados no setor de transporte causa 19 interdições nas rodovias do Paraná na tarde deste sábado (21). Esse é o terceiro dia de paralisações desencadeadas por caminhoneiros, que também bloqueiam rodovias no Mato Grosso.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as rodovias federais somam seis interdições. A situação mais grave está na BR-227, em Guarapuava. Neste sábado, os caminhoneiros que estão no local pararam o trânsito em três pontos da estrada, todos próximos ao quilômetro 338.
Pelos trechos, por onde anteriormente só não passavam caminhões, agora também não transitam mais ônibus e carros. A reportagem tentou entrar em contato com o posto da polícia no local para pegar mais informações sobre o trânsito, mas não obteve sucesso. A informação é de que a equipe está deslocada para atender a situação na rodovia.
A PRF também registra bloqueio de passagens de caminhões em Pérola D'Oeste, no quilômetro 64 da BR 163; em Medianeira, no quilômetro 667 da BR-277; e em Santo Antônio do Sudoeste, na BR-163.
Rodovias estaduais
Nas rodovias estaduais, subiu de 12 para 13 os trechos com passagens interditadas. São eles: PR-471 (km 222), em Nova Prata do Iguaçu; PRC-280 (km 255), em Marmeleiro; PRC-280 (km 194), em Mariópolis; PR 281 (kms 535 e 540), em Dois Vizinhos; PR 483 (km 001), em Francisco Beltrão; PRC-280 (km 175), em Clevelândia; PR 566 (km 012), em Itapejara do Oeste; PR 493 (km 030), também em Itapejara do Oeste.
Ainda apresentam bloqueios os kms 177 da PRC-466, em Pitanga; 296 da PRC-487, em Manoel Ribas; e 528 da PRC-158, em Mariópolis.
A interdição mais recente, conforme a Polícia Rodoviária Estadual, é em Jardim Alegre. No município está bloqueado o km 100 da PR-466
Protesto
Os protestos dos caminhoneiros que começaram na última quarta-feira (18), mas se intensificaram nesta sexta (20) já começam a ameaçar o fornecimento de soja para indústrias e portos nos próximos dias.
Os caminhoneiros se queixam dos baixos valores recebidos pelos fretes e da alta no preço do diesel, que sofreu reajuste no último dia 1.º.
As manifestações também são contra os baixos valores recebidos pelos fretes para transporte de grãos.
Transportadores de Mato Grosso reclamam do preço do diesel, que sofreu reajuste em 1º de fevereiro após um aumento de impostos pelo governo federal, apertando as margens no frete.
Um dos pedidos é que o governo estadual reduza a alíquota de ICMS cobrado no diesel e force empresas que contratam frete a seguir uma tabela de preços mínimos, que cubra os custos.
Colaborou Daiane Martins, especial para a Gazeta do Povo



