Especializada na mídia publicitária em televisores dedicada ao público feminino, a startup* curitibana POSmídia entra em dois mercados novos: o de bares e o espanhol. O primeiro, baseado em experiências locais, foi quem sustentou o voo à Europa. Na última semana, a empresa inaugurou o serviço em um bar de Guadalajara, na Espanha.
A empresa, dos irmãos Felipe e Frederico Viante, tem dois anos e opera em 15 estabelecimentos de Curitiba, Florianópolis, Maringá e São Paulo, com anunciantes do setor de shopping centers, construtoras e concessionárias.
O plano nacional de expansão tem como meta cobrir 80 salões de beleza nas três capitais do Sul e em São Paulo até 2014. Falta "apenas" entrar no mercado de Porto Alegre e firmar parcerias com mais 65 estabelecimentos.
Felipe Viante conta, em conversa com o repórter João Pedro Schonarth, que a experiência no bar espanhol durante o verão vai ser um teste para expandir na Europa.
Como foi a decisão de entrar no mercado espanhol?
Fiz um intercâmbio em 2009 na Espanha e conheci um amigo que no ano passado se interessou pela nossa ideia. Tínhamos feito uma experiência em um bar de Curitiba e a inclusão das TVs aumentou o faturamento de alguns produtos em até 40%. Esse foi um dos dados que foram apresentados aos empresários do bar Opium, em Guadalajara.
A Europa vive uma crise financeira e a Espanha é um dos países mais atingidos. Como é para uma startup entrar em um mercado em crise?
A crise afasta os consumidores e os que vão aos bares estão gastando menos. Para aumentar o faturamento do bar, o empresário pode divulgar mais o produto que pode trazer uma margem melhor ao negócio, dando mais qualidade ao gasto. É mais fácil vender nosso produto em países em crise do que no Brasil. Aqui, os empresários já estão em uma certa zona de conforto, porque os bares estão lotados. Eles não pensam em inovar para aumentar o faturamento, porque o estabelecimento está com fila na porta da entrada. Inovar na crise traz mais resultados.
Qual é o plano da POSmídia para o mercado europeu?
Vamos utilizar o bar durante o verão espanhol como vitrine para expandir a outros estabelecimentos da região. O teste vai durar cinco meses.
*Startups são empresas jovens e extremamente inovadoras.
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BTG de olho
O BTG Pactual espera ter muito trabalho nos próximos meses em seu escritório de Curitiba, inaugurado há duas semanas. A presença local faz parte de uma iniciativa para conhecer melhor o mercado e converter essa inteligência em operações como emissão pública de debêntures e fusões e aquisições. "Investimos muito em pesquisa e conhecimento", orgulha-se o sócio Sérgio Cutolo, que é responsável pelos escritórios regionais da instituição. O BTG instalou recentemente braços em Recife, Salvador, Brasília, Ribeirão Preto, Belo Horizonte e Porto Alegre. A ideia dessas estruturas é dar capilaridade a um negócio que tem musculatura internacional além das sedes de São Paulo e Rio, o BTG está presente em Nova York, Londres e Hong Kong.
Além das operações de mercado de capitais, o banco de investimento está de olho em oportunidades de investidores institucionais: previdência pública e privada, fundos de pensão e seguradoras.
Procura-se mentores
A Supernova Aceleradora de Startups está recrutando profissionais de médias e grandes empresas para atuar como mentores no programa de aceleração. A mentoria ocorre de acordo com a disponibilidade de agenda de cada profissional, que também se beneficia do trabalho de orientação: ele passa a ter contato com novas tecnologias e soluções inovadoras para a empresa do envolvido, expande a rede de relacionamento com outros mentores e investidores, e tem acesso a oportunidades de investimento. Para mais informações, o interessado pode entrar em contato pelo email info@supernovabr.com.
Mais da bolsa
Os atributos do Bovespa Mais serão apresentados na quarta-feira, no Palacete dos Leões, sede do BRDE, pelo diretor de prospecção Renato Tokiharu Issatugo. Ele vai falar sobre as características de empresas que integram esse segmento da BM&F Bovespa, especialmente aquelas com potencial de crescimento, que pretendem captar recursos de R$ 80 milhões a R$ 150 milhões, valem cerca de R$ 400 milhões e tem faturamento anual da ordem de R$ 50 milhões.
A iniciativa é do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças no Paraná (Ibef PR). O presidente do instituto, Clecio Chiamulera, vai apresentar o exemplo da Ibema ao ingressar nesse mercado. Além dele, Fernando Machado, do Banco Votorantim, fala sobre sua experiência na coordenação do IPO da Locamérica, da BB Seguridade e de outras operações. Informações: (41) 3016-2499 e inscricao@ibefpr.com.br.
Os bens de Mexicano
Casas, apartamentos, terrenos e uma loja na Vila Hauer, em Curitiba, além de um terreno em São José dos Pinhais avaliado em mais de R$ 12 milhões, serão leiloados nesta quarta-feira através da internet pela empresa Superbid Judicial. Os bens foram confiscados de Ernesto Plascência San Vicente, vulgo Mexicano, acusado de pertencer ao Cartel Juarez, organização criminosa responsável pela remessa de toneladas de cocaína para os Estados Unidos.
Mexicano, desmascarado em 2006 pela Operação Zapata, da Polícia Federal, investiu US$ 30 milhões (cerca de R$ 60 milhões) no Brasil, em prédios, casas em condomínios fechados, chácaras e automóveis de luxo. Além de Curitiba, ele comprou imóveis em São José do Rio Preto e Ibirá (SP).
Para participar do leilão basta efetuar cadastro no site www.superbidjudicial.com.br e ofertar lances via internet. Os interessados em conferir o bem antes da compra deverão entrar em contato com a Central de Atendimento da Superbid Judicial, através do telefone (11) 2824-6180 ou via e-mail cac@superbidjudicial.com.br.
