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Antes mesmo de encerrar o plantio da safra de verão, a liberação de custeio pelo Banco do Brasil no Paraná já atingiu o valor contratado na safra anterior, de R$ 1,8 bilhão. O agente financeiro oficial, que concentra mais 70% dessas operações no estado, prevê superar em 5% o último exercício e chegar a R$ 1,9 bilhão. A meta deve ser cumprida até janeiro.

Se todo o mercado crescer na proporção do BB, a liberação de crédito de custeio nesta safra vai atingir R$ 2,5 bilhões. Considerada a aplicação de recursos próprios, que obedece a uma relação média de 30% do valor financiado, o desembolso na safra 2007/08 no Paraná será de R$ 3,25 bilhões, calcula Robson Mafioletti, analista técnico-econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).

Cezar de Col, gerente de agronegócio da superintendência estadual do Banco do Brasil, explica que a procura maior pelo custeio está relacionada ao cenário positivo do setor, principalmente de preços. "Com a cotação do milho e da soja em alta, situação que estimula o plantio e amplia a área, o produtor passa a ter mais segurança para contrair crédito."

As duas culturas representam mais de 80% do crédito rural do banco. Do orçamento total liberado, 50% é soja e 30% milho. O restante dos recursos está dividido, basicamente, entre produtores de hortaliças, frutas, café e mandioca. O Paraná representa 23% das operação do banco no país, o maior porcentual entre os estados.

Brasil

Em âmbito nacional, o incremento na contratação de crédito de custeio é ainda maior e supera em 28% o valor liberado na safra passada, informou ontem o Ministério da Agricultura (Mapa). Entre julho e outubro teriam sido liberados R$ 19,5 bilhões, contra 15,7 bilhões no mesmo período de 2006.

Wilson Vaz de Araújo, diretor do Departamento de Economia Agrícola da Secretaria de Política Agrícola, explica que os valores incluem recursos de comercialização e investimentos. Ele ressalta, ainda, que um dos estímulos à contratação de crédito rural a juros controlados foi a redução da taxa, a partir do ano safra 2007/2008, de 8,75%, porcentual praticado desde a safra 1998/1999, para 6,75% ao ano. Araújo diz que "percebe-se uma clara retomada dos investimentos por parte dos produtores rurais. Eles estão motivados pelas boas perspectivas do mercado interno e externo de produtos agrícolas."

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