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O Santander divulgou nesta quarta-feira lucro de 1,649 bilhão de reais no primeiro semestre, alta de 6,7 por cento sobre igual período do ano passado, incluindo o desempenho do ABN Amro Real. O grupo também anunciou planos de reorganizar os negócios no país, com objetivo de simplificar sua estrutura societária.

A reestruturação será feita em duas etapas. Na primeira, as operações de seguros e de gestão de recursos serão incorporadas pelo Banco Santander. Num segundo momento, a unidade Santander Investimentos em Participações será absorvida pelo Santander Advisory e pelo banco, entre outras iniciativas.

Segundo o grupo, as medidas --que serão levadas para aprovação dos acionistas em assembleias nos próximos dias 14 e 31-- visam "o fortalecimento da sua estrutura patrimonial, operacional e organizacional".

Enquanto isso, na Espanha, o presidente-executivo do banco, Alfredo Saenz, disse que a unidade brasileira deve ser cindida para que seja realizada uma emissão de ações. Segundo Saenz, a ideia é vender 15 por cento do capital.

O banco espanhol já apontou consultores para a separação da subsidiária brasileira e a oferta de ações deverá ocorrer até o final do ano, segundo fontes familiarizadas com o assunto.

O próprio Santander vai ser o coordenador-líder da plajenada emissão de ações, com apoio de Credit Suisse, Bank of America Merrill Lynch e UBS Pactual, disseram as fontes.

Não está claro se o banco espanhol vai vender novas ações ou parte das ações que detém da unidade no Brasil.

PROVISÃO PARA INADIMPLÊNCIA MAIOR

Segundo balanço do Grupo Santander no Brasil, as operações de crédito no país aumentaram 14,9 por cento nos 12 meses até junho, para 137,268 bilhões de reais.

A provisão para créditos de liquidação duvidosa no país saltou 57,9 por cento de junho de 2008 para o mesmo mês deste ano, atingindo 4,903 bilhões de reais.

As provisões representam 6 por cento da carteira de crédito no primeiro semestre, ante 4,5 por cento no mesmo período de 2008.

Segundo o banco, o crescimento das provisões foi motivado pelo aumento da inadimplência e pela redução nas receitas de prestação de serviços e rendas de tarifas bancárias.

Os depósitos cresceram 4,3 por cento sobre junho de 2008, totalizando 122,029 bilhões de reais.

Os ativos totais do Santander atingiram 299,591 bilhões no final de junho, expansão de 3,1 por cento ante o mesmo mês de 2008.

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