Membros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmaram neste domingo o anúncio de Emilio Botín, presidente do Santander, de que finalmente fechou a compra do ABN Amro, banco holandês que, no Brasil, é dono do Real. Botín anunciou a decisão a Lula no sábado. Mas o negócio, já adiado várias vezes, será assinado em 5 de outubro.
Com a compra, o Santander passaria a ser o terceiro maior banco privado do Brasil, aproximando-se de Itaú e Bradesco. A disputa pela compra do ABN Amro, travada entre Santander (em consórcio com o escocês Royal Bank of Scotland e o belga Fortis) e o inglês Barclays dura cinco meses. A proposta do consórcio pelo ABN Amro é de 71,1 bilhões de euros, uma quantia inédita no setor bancário. A oferta do Barclays, em ações, foi avaliada em 67,5 bilhões de euros em 23 de julho.
Em Amsterdã, no entanto, o ABN não confirmou a operação. O banco destacou, por meio de um comunicado, sua neutralidade diante das ofertas do Barclays e do consórcio do qual faz parte o Santander: "O Conselho de Direção do ABN Amro e o Conselho de Vigilância não recomendam uma e outra das ofertas aos acionistas", informou o banco, a quatro dias de uma assembléia geral dedicada à compra. "O ABN Amro continuará discutindo com o Barclays e com o consórcio para facilitar o esclarecimento de algumas preocupações".



