O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou que o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, participará da reunião de ministros do grupo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), que será realizada nesta sexta-feira (4) em Londres. Ele afirmou que Geithner solicitou participar do encontro, o que foi aceito pelos participantes. Segundo Mantega, o secretário irá tratar das formas de capitalização do Fundo Monetário Internacional (FMI). Os emergentes preferem fazer aportes no Fundo, na forma de bônus, como já realizado pela China (US$ 50 bilhões) e como está sendo planejado pelo Brasil (US$ 10 bilhões).
Mantega disse que Geithner tentará convencer os Brics a realizarem os aportes por meio do NAB (New Arrangements to Borrow), mecanismo criado durante a crise da Ásia. "Precisamos avaliar quais são as vantagens e se não haveria risco de postergação da revisão das cotas do FMI", disse Mantega. O ministro se reuniu com a equipe econômica da Rússia e contou que surgiu a proposta de que o comércio entre os países seja realizado nas moedas locais, como já ocorre com a Argentina e está sendo estudado com a China.
Crise
Mantega disse acreditar que as medidas anticíclicas adotadas para combater a crise mundial precisam ser mantidas. Segundo ele apesar da recuperação econômica, ainda não é o momento para colocar em prática as estratégias de saída. "Tenho receio de que se precipitarmos a saída, poderemos ver um movimento de 'W'(duplo mergulho na recessão)", afirmou. Mantega admitiu que alguns países estão preocupados com o crescimento do déficit público. "Mas a melhor forma de reduzir o déficit é com crescimento econômico", disse. O ministro lembrou que o Brasil não precisou gastar tanto como outros países e já voltou a crescer no segundo trimestre.
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