• Carregando...
O contrato de concessão da Ponte Rio-Niterói vence em maio, após 20 anos | Paulo Whitaker/Reuters
O contrato de concessão da Ponte Rio-Niterói vence em maio, após 20 anos| Foto: Paulo Whitaker/Reuters

Seis grupos – dois consórcios e quatro empresas – disputam na manhã desta quarta-feira (18) o leilão de concessão da Ponte Rio-Niterói, que acontece na BM&F Bovespa, em São Paulo. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) todas as garantias apresentadas nas propostas apresentadas na última segunda-feira foram aceitas.

A nova concessão terá validade de 30 anos e exigirá do grupo vencedor investimentos de R$ 1,3 bilhão ao longo desse período. A proposta que apresentar a menor tarifa de pedágio, cujo teto foi fixado em R$ 5,18, será a vencedora. Como atualmente o pedágio é de R$ 5,20, haverá redução no valor cobrado. É o primeiro leilão do setor de infraestrutura este ano e é também a primeira rodovia federal a ser concedida novamente.

Programa de concessões vai mudar para atrair novos interessados

O Ministério do Planejamento analisa uma proposta das construtoras para facilitar a participação de empresas de menor porte

Leia a matéria completa

No total, estão na disputa dez empresas. A CCR, atual concessionária e controlada pelos grupos Andrade Gutierrez, Camargo Correa e Soares Penido, entrou no leilão em parceria com a Companhia de Investimentos em Infraestrutura e Serviços (CIIS), formando o Consórcio Ponte. A Andrade Gutierrez e a Camargo Correa estão sendo investigadas na operação Lava Jato, que apura desvios de recursos da Petrobras.

O segundo consórcio, o Nova Guanabara, é formado pela A. Madeira Indústria e Comécio, uma empreiteira de obras rodoviárias que presta serviços ao DER; Coimex Empreendimentos e Participações, sócia da Ecorodovias no trecho da BR-101, na Bahia; Urbesa Administração e Participações e Rio do Frade Empreendimentos, do ramo de construção, com sede na cidade de Serra, no Espírito Santo.

Também estão no leilão, sem entrar em consórcios, a Ecorodovias Infraestrutura e Logística, que atua na concessão de rodovias desde 1997, administrando entre outras o sistema Anchieta-Imigrantes, através da Ecovias, que liga São Paulo ao litoral e o corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto, que liga a região metropolitana de São Paulo com o Vale do Paraíba.

Também está na disputa a Triunfo Participações e Empreendimentos S.A., que já tem outras concessões, como o aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo; a BR-040, através da Concer, ligando os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, e está tocando a duplicação da BR-060/153, entre os estados de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.

Outra candidata é a CS Brasil Transportes de Passageiros e Serviços Ambientais, controlada pelo grupo logístico JSL, que não tem nenhuma concessão de infraestrutura e tenta sua estreia no setor. A Infra Bertin Participações, braço do Grupo Bertin, que já administra os trechos Sul e Leste do Rodoanel em São Paulo, também entregou proposta.

Concessão pioneira

O contrato de concessão da Ponte Rio-Niterói vence em maio, após 20 anos. Foi a primeira grande estrutura rodoviária concedida à iniciativa privada, em 1º de junho de 1995.

Como trata-se de um projeto já consolidado, os riscos são mais reduzidos, segundo especialistas, já que o tráfego no trecho é conhecido. Por dia, 151 mil veículos passam pela ponte e, no ano, são 56 milhões. Quem vencer o leilão ficará responsável pela operação, manutenção, monitoramento, conservação da estrutura atual e implantação de melhorias no trecho em questão.

Entre as obras obrigatórias, estão a ligação da ponte com a Linha Vermelha por meio de uma via elevada. Isso evitará que os motoristas que se dirigem à Baixada Fluminense e à Rodovia Presidente Dutra utilizem a Avenida Brasil.

A concessão prevê ainda a construção de uma passagem inferior do tipo ‘mergulhão’ na Avenida Feliciano Sodré (direção leste-oeste) passando sob a Praça Renascença, em Niterói, o que vai proporcionar maior fluidez ao tráfego.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]