As vendas de automóveis novos despencaram na primeira quinzena de maio na comparação com igual período do mês passado. Foram vendidas 82,2 mil unidades, uma queda de 32% em relação aos números de abril, quando as vendas totalizaram 120,8 mil unidades. Somando comerciais leves, caminhões e ônibus, as vendas totalizam 115,7 mil veículos, quase 27% a menos do que os números da primeira metade do mês passado. O fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é o principal fator apontado pelas montadoras para a redução dos negócios. Além da retirada do subsídio, houve antecipação de compras por parte dos consumidores justamente para aproveitar o benefício em sua reta final.
Os dados divulgados ontem pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que, na comparação com a primeira quinzena de maio de 2009, a queda nas vendas de automóveis é de 12,4%. Juntando os demais segmentos, a redução é de 3,9%, puxada pelos negócios com caminhões e ônibus que, isolados, cresceram 56% de um período para o outro, de 5.194 unidades para 8.105. A queda era esperada pelas montadoras de veículos e pelos concessionários, embora não em índices tão elevados.
No início do mês, o recém-empossado presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, chegou a prever vendas iguais ou "um pouco abaixo" das registradas em abril, de 277,8 mil unidades, já inferiores às de março, com 353,7 mil - recorde mensal da indústria. Abril ainda contou com a soma de veículos que foram adquiridos na última semana do mês anterior, mas só licenciados no mês passado. A Fenabrave e a Anfavea utilizam os dados do licenciamento dos órgãos de trânsito para medir seus negócios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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