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São Paulo – A semana foi de muita turbulência no mercado de câmbio, mas a tensão diminuiu. De segunda até quarta-feira, o dólar comercial subiu fortemente, devido ao temor de elevação da inflação e dos juros nos Estados Unidos, o que provocou uma fuga de capitais de mercados emergentes como o Brasil. Mesmo recuando na quinta-feira e mais 2,22% ontem, porém, as cotações não apagaram a elevação acumulada desde o último dia 19. A moeda norte-americana terminou a sexta-feira vendida a R$ 2,243, com alta de 1,49% no período de uma semana. Em maio, a valorização é de 7,42%. O risco-país ficou estável em 267 pontos.

Já a Bolsa de Valores de São Paulo registrou ontem a segunda elevação consecutiva, de 2,82%, para 38.629 pontos, com giro de R$ 2,816 bilhões. A Bolsa brasileira acompanhou o otimismo em Wall Street, após a divulgação de índices econômicos que tranqüilizaram um pouco um mercado nervoso com a possibilidade de aumento da inflação e dos juros nos Estados Unidos. Na semana, a Bovespa tem elevação de 2,37%, mas no mês a baixa acumulada é de 4,29%.

Saiu ontem o índice de confiança dos consumidores americanos, que caiu de 87,4 pontos em abril para 79,1 pontos em maio, segundo a Universidade de Michigan, que apura o índice.

O Departamento do Comércio norte-americano também informou que os gastos do consumidor subiram 0,5% em abril ante março. No período de 12 meses que terminou no mês passado, os preços pagos pelo consumidor em itens que não de alimentação e energia subiram 2,1%.

Os indicadores ficaram de acordo com a expectativa dos economistas. No dia 10, o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) elevou a taxa básica de juros dos EUA pela 16.ª vez consecutiva, para 5% ao ano. Havia a expectativa de uma sinalização de pausa no ciclo de altas, mas isso não aconteceu.

Quando os juros nos EUA sobem, os grandes investidores internacionais abandonam suas aplicações em mercados emergentes, como o brasileiro, em busca de ativos de menor risco – por exemplo, os treasuries (títulos do tesouro norte-americano).

Analistas de mercado dizem que, embora uma recuperação já fosse esperada, porque os fundamentos da economia brasileira estão melhores e as perspectivas de desempenho das empresas do país também são boas, ainda não se pode dizer que a volatilidade acabou. Ela deve durar até que haja indicações mais claras dos rumos da política monetária dos EUA. No final do mês, o Fed divulga a ata da sua última reunião.

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