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O Congresso norte-americano aprovou nesta quinta-feira a mais ampla reforma da regulação financeira desde a Grande Depressão, que segue agora para sanção do presidente Barack Obama.

Por 60 votos a 39, o Senado deu luz verde à reforma que aperta a regulação na indústria financeira, num esforço para evitar a repetição da crise de 2007-2009.

Segundo a Casa Branca, Obama deve sancionar a lei na próxima semana.

O projeto, que teve oposição da indústria bancária, deixa poucas áreas da indústria financeira sem mudanças. Estabelece novas proteções ao consumidor, dá aos reguladores mais poder para desmontar companhias com problemas e limita uma série de atividades de risco.

A votação levou mais de um ano de esforços, desde que Obama propôs a reforma em junho de 2009. A Câmara já havia aprovado a reforma no mês passado.

Embora Obama tenha originalmente defendido apoio bipartidário à reforma, apenas três senadores republicanos votaram a favor do projeto, juntamente com 55 democratas e dois independentes.

Com a expectativa de que os republicanos sejam vencedores nas eleições parlamentares de novembro, os democratas estão ansiosos para mostrar aos eleitores que domaram a indústria que empurrou a economia para a recessão mais profunda em 70 anos.

"Eu lamento não poder dar seu emprego de volta, recuperar sua casa, devolver o dinheiro da aposentadoria", afirmou o senador democrata Christopher Dodd, um dos autores da reforma. "O que podemos fazer é nunca mais passar pelo que esse país passou."

Juntamente com a reforma do setor de saúde, os democratas podem agora dizer que aprovaram dois projetos que devem moldar a sociedade norte-americana por gerações. Mas não está claro se o eleitor vai se sensibilizar.

O entendimento do público sobre a reforma regulatória é muito baixo, de acordo com uma pesquisa online da Ipsos. Entre os consultados, 38 por cento nunca ouviram falar da reforma, enquanto 33 por cento já ouviram falar mas não sabem nada do projeto.

Os mercados financeiros mostraram pouca reação nesta quinta-feira. Investidores disseram que a aprovação já está no preço das ações de bancos.

O JPMorgan Chase & Co informou que a reforma não irá comprometer seu modelo de negócios, mas vai afetar a lucratividade.

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