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Falta coordenação às políticas do governo federal para ampliar o acesso à internet no País. Num momento em que a Telebrás se prepara para ir às compras, ativando sua rede de fibras ópticas, o Governo Eletrônico Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac), programa de banda larga via satélite, passará por uma atualização modesta, sem relação com a volta da estatal.

Criado em 2002, o Gesac conta com conexões desatualizadas, muitas vezes conectando pontos onde já existem alternativas ao satélite (o meio mais caro de acesso, mas o único que atinge todo o País), e computadores velhos.

O serviço é fornecido pela Embratel, e a conexão típica tem velocidade de 512 quilobits por segundo (kbps) - a banda larga pela linha telefônica ou pelo cabo tem pelo menos o dobro disso. Algumas conexões do Gesac têm somente 256 kbps.

"Estamos com um aditivo para aumentar a capacidade em 50%", disse Heliomar Medeiros de Lima, diretor do Departamento de Serviços de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações.

Serão adicionados cerca de 1,4 mil pontos de acesso aos 11,9 mil atuais. "O aditivo já foi aprovado pelo jurídico, e deve ser assinado até o dia 15." O valor mensal do serviço deve subir de R$ 3,3 milhões para cerca de R$ 4,5 milhões.

O Centro de Profissionalização e de Apoio ao Emprego (Cepae) oferece cursos de informática para jovens em Cotia (SP), e usa um acesso do Gesac para conectar 18 computadores.

"Tem dia que não conseguimos carregar uma página no YouTube", disse Rafael Cândido, professor do Cepae. "Na maioria das vezes, isso acontece quando o tempo está nublado."

Cândido explicou que, na região em que o Cepae está localizado, existe banda larga via rede telefônica e via celular, mas que a instituição não conseguiria pagar por esse serviço. O Gesac é gratuito para as escolas e instituições atendidas.

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