Sete auditores fiscais da Receita Estadual do Paraná foram afastados de suas funções no início desta semana. Eles respondem a processos criminais na Justiça e, se condenados, serão demitidos dos cargos. Todos são acusados de crimes contra a administração pública. O caso mais grave é de dois servidores denunciados por corrupção e que teriam articulado um esquema com empresários de Curitiba para desviar receitas.
Três servidores estão lotados em Curitiba, dois em Maringá, um em Londrina e um em Jacarezinho. Segundo o diretor da Coordenação da Receita Estadual, Gilberto Della Coletta, os auditores fiscais respondem isoladamente aos crimes, ou seja, não agiram em conjunto.
Além de corrupção, há denúncias por sonegação fiscal e supressão de documentos. "Um outro caso considerado grave é de um auditor que teria integrado uma quadrilha de Santa Catarina", disse Coletta.
Em razão dos processos ainda estarem em trâmite, a Receita Estadual ainda não tem detalhes de todas as denúncias. Segundo Della Coletta, no entanto, todos os servidores passarão por sindicância. "Temos o maior interesse na apuração rigorosa dessas denúncias" afirmou.
Afastamento
Em todos os casos, o afastamento foi determinado pelo secretário de Estado da Fazenda, Luiz Carlos Hauly. Nota divulgada pela Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial de comunicação do governo do estado, informa que a medida foi definida com base em resolução da Secretaria e que os servidores ficaram fora de suas funções até o fim do processo judicial.
"O rigor é necessário porque, ao mesmo tempo em que há a defesa dos direitos do Estado e dos cidadãos, também demonstra o respeito por esta categoria que, em geral, é exemplo de profissionalismo, seriedade e eficiência", diz Hauly, na nota.



