Os maus resultados de vendas do primeiro semestre, com redução de 21,6% nos emplacamentos em comparação ao mesmo período de 2011, levaram a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) a prever que o número de empregos no setor caia em 2012 para 25 mil, ante 35 mil em 2011, um recuo de 29%.
De acordo com a entidade, as 10 mil demissões ocorrerão porque o setor está sendo impactado pela alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros que não atendam ao conteúdo nacional mínimo e pela valorização do dólar em uma época de crise internacional.
"Existe uma tendência muito grande de redução de negócios e, consequentemente, de empregos", afirmou o presidente da Abeiva, Flávio Padovan. A entidade prevê que as vendas nas concessionárias independentes de importados recuem 40% em comparação ao ano passado, para cerca de 120 mil unidades no ano.
De acordo com Padovan, boa parte dessas 10 mil demissões já foi realizada. Para ele, a suposta recuperação de vagas pela indústria automotiva nacional, pretendida pelo governo com a implementação do IPI, tem como contrapartida a perda ainda maior de vagas nas importadoras. "A situação é grave", disse.
De acordo com a Abeiva, empresas que não têm produção local estão repensando investimentos no Brasil caso da Jaguar/Land Rover, que no país é presidida por Padovan.
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