A Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis) informou que a Shell avisou que vai repassar integralmente o aumento de 6% sobre o preço do diesel para os seus postos de abastecimento, e não 4%, como previu a Petrobras, na quinta-feira (12), em um comunicado.
A Petrobras anunciou ontem que irá reajustar em 6% o diesel nas refinarias -é o segundo reajuste em menos de um mês.
Ao divulgar o aumento de 6% do diesel, a Petrobras afirmou que o impacto ao consumidor seria de 4% os postos, mas não explicou o motivo e nem especificou se esse seria o repasse no postos da empresa, que controla a BR Distribuidora - a maior do país.
A Fecombustíveis não soube informar sobre o procedimento das demais distribuidoras em relação ao aumento.
Segundo cálculos da Fecombustíveis, a alta de 6% para o diesel nas refinarias incrementaria o preço de custo para os postos em 4% nos estados que adotam tributação com base no PMPF (Preço Médio Ponderado a Consumidor Final) e em 5% naqueles que utilizam o regime MVA (Margem de Valor Agregado) - Bahia e São Paulo.
"Importante frisar que o reajuste real nas bombas dependerá da alta repassada pelas distribuidoras, de quem, por lei, os postos estão obrigados a comprar todo combustível comercializado", informou a entidade.
A Fecombustíveis destacou que o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada distribuidora e posto revendedor decidir se irá repassar ou não ao consumidor os maiores preços, bem como em qual percentual, de acordo com suas estruturas de custo e de forma a remunerar adequadamente seus investimentos.
São Paulo
O Sincopetro (sindicato dos postos do Estado de São Paulo) também disse que o repasse será de 6%.
"Que vai aumentar mais de 6%, ninguém tem dúvida disso", diz José Alberto Paiva Gouveia, presidente do sindicato. "Nós não temos mais condição de absorver mais nada de reajuste nos postos. O que vier de aumento da distribuidora, nós vamos repassar".



