Shopping Crystal abandona ‘DNA de luxo’ e terá serviços mais populares

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Primeiro shopping inaugurado em Curitiba para o público de alta renda, o Crystal está passando por uma reconfiguração para se tornar um shopping de serviços, voltado para atender as demandas diárias das pessoas que moram e trabalham na região do Batel. O foco da nova administradora do empreendimento agora é trazer operações como farmácia, chaveiro, banco e similares para dentro do shopping.

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Uma das lojas confirmadas com esse novo perfil é a Lojas Americanas, que deverá abrir as portas já no próximo mês. A unidade express da rede que ficava na Avenida do Batel, na esquina com a Rua Buenos Aires, dará lugar ao novo ponto no shopping.

O superintendente Cassio Souza destaca que o posicionamento do Crystal permanece voltado para a classe A, mas focado na conveniência. “Essa mudança vem acontecendo gradativamente. O shopping não perde nada. As marcas que já estão permanecem. O que muda é o que tínhamos de lojas vagas, que começamos a dar uma atenção especial para este modelo de conveniência completa”, diz.

O Crystal vinha sofrendo com uma alta taxa de vacância, que chegou a alcançar o patamar próximo de 18% (18 das 102 lojas), quando o índice médio dos empreendimentos inaugurados antes de 2012 chega apenas na metade (9%), segundo dados da Associação de Lojistas de Shopping Center (Alshop). A meta agora, segundo Souza, é terminar 2016 com apenas seis espaços vagos.

Em abril, o Crystal passou a ser administrado pela Argo, dando fim à gestão de cinco anos da BR Malls. A holding tinha 70% das ações do shopping, mas concluiu a venda de sua participação no empreendimento em outubro do ano passado. A compradora foi o fundo de investimento Vinci, hoje sócio majoritário do shopping. Há 20 anos no mercado, a Argo possui participação em outros nove shoppings nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

A projeção de faturamento do Crystal para este ano é de 20% de crescimento em relação a 2015, já considerando as novas lojas e posicionamento de serviços. Segundo o superintendente, o shopping fechou setembro com um aumento de 7% no fluxo de pessoas e de 13% nas vendas em comparação ao mesmo mês do ano passado.