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Londrina está no mapa das inaugurações. | Rubem Vital/ JL
Londrina está no mapa das inaugurações.| Foto: Rubem Vital/ JL

Vizinhança

Um empreendimento do tamanho de um shopping gera impactos no trânsito das cidades, mas também implica geração de empregos e aumento de arrecadação de impostos municipais. Veja quais os fatores que cercam a implantação de um centro de compras:

Vantagens em cidades pequenas

• Aumento na arrecadação do município

• Geração de empregos

• Maior oferta de terrenos para o empreendedor

• Menos concorrentes

Problemas em cidades grandes

• Poucos terrenos

• Muitas compensações para mitigar impacto no trânsito e na infraestrutura

• Burocracia maior

• Concorrência mais acirrada

Paraná vive entressafra de inaugurações

O ritmo de expansão de shopping centers no Paraná não acompanhou a mesma velocidade registrada em todo o país.

De 2009 para cá, segundo dados da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), 119 empreendimentos foram abertos em todo o Brasil, o que elevou em mais de 30% o número de centros de compras em todo o país.

O Paraná, por outro lado, viu apenas três novos shoppings serem abertos de lá para cá – todos no ano passado. Isso não significa, porém, que os investidores do estado estão parados.

Luiz Quinta, diretor de desenvolvimento da BRMalls, que administra shoppings em todo o país, avalia que o ritmo foi menor no estado porque as principais cidades paranaenses já estão bem servidas com empreendimentos, que apresentam boa performance de vendas. "Curitiba, Londrina e Maringá têm uma média acima das principais cidades brasileiras. Por este motivo acredito que no Paraná o número de lançamentos foram mais contidos", analisa.

Primeira vez

Cidades que não têm grandes empreendimentos se tornaram foco de investidores. Guarapuava, Paranaguá e Umuarama, todas com menos de 200 mil habitantes, terão seu primeiro shopping center nos próximos anos.

Foz do Iguaçu tem em seu radar investimentos em dois centros de compras, o Catuaí Shopping Foz e Palladium Shopping Center Foz do Iguaçu, enquanto Cascavel deve ter ainda neste ano o Catuaí Shopping Cascavel, único paranaense na lista de inaugurações da Abrasce para 2014.

Em Curitiba, além do Jockey Plaza Shopping Center, Park Shopping Boulevard e Shopping Atuba estão na fila de espera para ter seus alvarás liberados.

A quantidade de shoppings no interior deve ultrapassar o número de centro de compras nas capitais em 2014, fato já percebido no Paraná, onde 17 dos 31 empreendimentos estão fora de Curitiba. A falta de espaço nas grandes cidades e o interesse das prefeituras menores em atrair os investimentos agiliza a burocracia no interior, onde pode cair a um quarto do tempo na comparação com capitais.

INFOGRÁFICO: Veja o perfil dos shoppings que serão lançados no Paraná

De acordo com dados da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), em 2013 havia no país 495 empreendimentos, 249 deles em 25 capitais e no Distrito Federal – Boa Vista (RR) era a única capital que não tinha um shopping center em 2013. Se a previsão se concretizar, 2014 deve se consolidar como o ano da virada, com o interior ganhando preferência entre os empresários.

Dos 41 novos empreendimentos previstos para este ano, segundo a Abrasce, 30 estarão em cidades que não são capitais, o que ocasionalmente pode incluir suas regiões metropolitanas. Se confirmados, até o fim do ano o Brasil terá 260 empreendimentos em capitais e 276 em cidades do interior.

Uma das razões que explicaria esse "boom" no interior, além do aumento da renda e da falta de terrenos disponíveis nas grandes cidades, é a estrutura burocrática que o setor enfrenta para tirar do papel um grande empreendimento. Walter Rozados, da Rozados, consultoria em shop­ping centers, observa que os entraves acompanham interesses diferentes conforme o porte da cidade.

"Uma prefeitura de uma cidade menor tem interesse em trazer um grande empreendimento para o município, levando em conta a geração de empregos e o aumento da tributação. Onde já há uma alta concentração de shoppings, há tantas compensações a serem feitas que o projeto pode ser até inviabilizado", pondera.

Há exemplos dessa situação no Paraná. O Grupo Tacla, investidor do Shopping Palladium, apresentou em 2010 o projeto do Jockey Plaza Shopping Center, no bairro Tarumã, em Curitiba, e ainda aguarda a liberação do alvará para começar a construção do empreendimento – a expectativa é que em dois meses o documento seja liberado e as obras comecem. Por outro lado, o Palladium Shopping Center Foz do Iguaçu teve sua liberação aprovada em menos de um ano.

"Quanto maior a cidade, maior o tempo em aprovação de projetos, que são revistos por prefeituras de capitais, por exemplo, para incluir novas compensações com o trânsito e infraestrutura. Enquanto o investidor espera a maturação do projeto nas capitais, vai tirando do papel mais rapidamente os shoppings no interior", analisa Aníbal Tacla, diretor-superintendente do grupo Tacla.

Clique aqui e confira o infográfico em tamanho maior

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